Líder da oposição Venezuela denuncia atentado e pede intervenção internacional: ‘Carro vandalizado e freio cortado’

Relatório da ONG Acesso à Justiça revelou que a Venezuela registrou 46 detenções arbitrárias este ano, a maioria contra ativistas opositores e comerciantes

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2024 19h32 - Atualizado em 18/07/2024 19h35
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Gabriela Oraa / AFP maria corina machado María Corina Machado é a líder de oposição na Venezuela e está impedida de concorrer nas eleições de julho

Após denunciar o desaparecimento de seu chefe de segurança, a líder opositora da Venezuela, María Corina Machado afirmou, nesta quinta-feira (18), ter sido vítima de um atentado durante a madrugada. “Esta manhã eles cometeram um ataque contra mim e minha equipe em Barquisimeto, estado de Lara. Nossos carros foram vandalizados e a mangueira do freio foi cortada”, escreveu Machado em suas redes sociais. “Agentes do regime seguiram-nos desde Portuguesa e cercaram o empreendimento onde pernoitámos”, acrescentou. A líder de oposição compartilhou nas redes sociais um vídeo onde relata o ocorrido. Pouco depois, o diplomata Edmundo González Urrutia, candidato de consenso da oposição, pediu a intervenção da comunidade internacional diante dos acontecimentos.

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Um relatório da ONG Acesso à Justiça revelou que a Venezuela registrou 46 detenções arbitrárias este ano, a maioria contra ativistas opositores e comerciantes. As prisões, motivadas por questões políticas, ocorreram durante a campanha presidencial. Maduro, em um comício, alertou para a possibilidade de um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não seja reeleito, destacando a importância de sua vitória para evitar tais cenários. Edmundo González, candidato da Plataforma Unitária Democrática, e Maduro são os favoritos para vencer as eleições, enquanto outros oito candidatos têm chances remotas. A inabilitação política na Venezuela é aplicada em casos de sentença judicial definitiva por atos puníveis, mas críticos apontam que tem sido usada como arma política. Perkins Rocha, da equipe jurídica de González, denunciou a detenção de oito pessoas ligadas à oposição, incluindo a dona do caminhão usado por María Corina e Edmundo González em um evento.

*Publicado por Sarah Américo

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