‘Não é guerra, é genocídio’, diz Lula sobre conflito entre Israel e Hamas

Presidente da República diz que não é o momento de discutir quem está certo ou errado no confronto do Oriente Médio e lamenta mortes de inocentes

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2023 16h33 - Atualizado em 25/10/2023 16h54
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Reprodução/YouTube/Lula lula-conversa-com-presidente-youtube-rio-de-janeiro-seguranca-publica Lula (PT), presidente da República, durante live no YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o conflito entre Israel e Hamas como um “genocídio”. Nesta quarta-feira, 25, o chefe do Executivo lamentou as quase 2 mil crianças mortas na Faixa de Gaza e disse que não é o momento de identificar culpados pela guerra. “É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio. Não se trata de ficar discutindo quem está certo, quem está errado, quem deu o primeiro tiro, quem deu o segundo. O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio, que já matou quase 2 mil crianças que não tem nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse o mandatário, durante cerimônia de instalação do Conselho de Federação no Palácio do Planalto.

A declaração aconteceu antes de Lula discutir a situação do conflito na Faixa de Gaza por telefone com o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. Segundo informações do Palácio do Planalto, as autoridades concordaram sobre a necessidade de abertura de um corredor humanitário e da libertação de todos os reféns. Além disso, os chefes de Estado também debateram a necessidade de um cessar-fogo e os perigos de uma possível escalada no conflito. “Lula destacou o relevante papel desempenhado pelo Catar nas tentativas de mediação do conflito entre Israel e o Hamas. Brasil e Catar coincidem sobre uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, convivendo juntos e em paz. O presidente manifestou sua preocupação com a situação do grupo de brasileiros que ainda está na Faixa de Gaza, à espera de repatriação. Comentou sobre a prontidão do plano de evacuação, com aeronave presidencial posicionada no Cairo, e da operação de acolhimento na volta ao Brasil”, afirmou o Palácio do Planalto.

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