Lula diz que Brasil entrará na Opep+ para convencer países a abandonar combustíveis fósseis

Discurso realizado na COP28 indica intenção do Brasil em liderar o processo de transição energética

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2023 14h15 - Atualizado em 02/12/2023 14h43
Ricardo Stuckert/Presidência da República Lula durante COP 28, em Dubai Declaração de Lula foi feita neste sábado, 2

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã deste sábado, 2, que o Brasil vai participar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo+ (Opep+) para convencer os países investidores de combustíveis fósseis a migrar para energias renováveis. A declaração foi feita durante evento da COP28, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “Eu acho importante a gente participar porque precisamos convencer os países produtores de petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis”, iniciou Lula. “E se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram com petróleo e fazer investimento para que um continente como o africano, como a América Latina, possa produzir os combustíveis renováveis que eles precisam. Sobretudo o hidrogênio verde porque, se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”, finalizou o chefe do Planalto.

Os membros da Opep+ incluem o Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Venezuela, Argélia, Angola, Congo, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria, Rússia, Cazaquistão, Bahrein, Brunei, Malásia, Azerbaijão, México, Sudão, Sudão do Sul e Omã. O Brasil deve integrar o bloco a partir de janeiro de 2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, indicou o Brasil como líder dos países em transição energética. “Vamos liderar países produtores de petróleo para acelerar a transição energética. Sob a liderança do presidente Lula. Queremos usar as receitas do petróleo para financiar energia limpa e renovável”, disse Silveira. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, comentou que o presidente colocou os combustíveis fósseis em pauta com muita clareza e coragem. “Ao mesmo tempo em que se tem que pôr o pé no acelerador das renováveis, tem que discutir como vai tirar o pé do acelerador dos fósseis”, repercutiu Marina.

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