Lula discursa em Nova York sobre democracia e questiona: ‘Onde é que nós erramos?’

Durante evento paralelo à Assembleia Geral da ONU, presidente da República declara que, muitas vezes, governos esquerdistas se afastam de suas bases populares para agradar a adversários

  • Por Nícolas Robert
  • 24/09/2025 12h20 - Atualizado em 24/09/2025 12h21
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Ricardo Stuckert/PR lula onu Lula participa, em Nova York, de uma reunião com líderes de diversos países para discutir a defesa da democracia e o combate ao extremismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (24), em Nova York, de uma reunião com líderes de diversos países para discutir a defesa da democracia e o combate ao extremismo. Durante sua fala, Lula fez uma autocrítica sobre os erros cometidos por governos e partidos de esquerda que, segundo ele, podem ter contribuído para o avanço da extrema direita no mundo.

No discurso, Lula questionou: “Onde é que os democratas erraram? Por que nós permitimos que a extrema direita crescesse com a força que está crescendo? É virtude deles ou incompetência nossa?”. O presidente continuou sua reflexão, apontando que, muitas vezes, governos eleitos pela esquerda se afastam de suas bases populares para agradar a adversários e ao mercado financeiro. “A gente ganha as eleições com um discurso de esquerda e, quando a gente começa a governar, a gente atende muito mais os interesses dos nossos inimigos do que dos nossos amigos”, afirmou.

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Encontro em Nova York

Esta foi a segunda edição do evento, que ocorreu paralelamente à Assembleia Geral da ONU e reuniu representantes de cerca de 30 países, incluindo os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, e do Uruguai, Yamandú Orsi, além do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

Os organizadores do evento decidiram não convidar os Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump. No ano anterior, ainda com Joe Biden no poder, o país havia sido convidado, mas não enviou um representante. Segundo auxiliares do governo, a decisão de não convidar os EUA para o encontro deste ano foi mútua, sem interesse de ambas as partes.

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