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Maduro adota tom mais ameno e fala em ‘sentar e conversar’ com a Guiana sobre Essequibo

AME2986. CARACAS (VENEZUELA), 08/12/2023.- Fotografia cedida pela Prensa Miraflores mostrando o presidente venezuelano Nicolás Maduro em evento governamental, hoje em Caracas (Venezuela). O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou esta sexta-feira aos seus apoiantes para “denunciarem” vários opositores, incluindo a candidata presidencial María Corina Machado, “em todas as ruas”, por alegada traição ao país, no meio da disputa que mantém o país com a Guiana em uma área de cerca de 160 mil quilômetros quadrados. Diante de centenas de chavistas reunidos em frente ao palácio presidencial em Caracas, Maduro rejeitou as críticas antichavistas ao referendo unilateral do último domingo, quando a maioria dos eleitores aprovou a anexação da área em disputa, que permanece sob o controle da Guiana

O ditador Nicolás Maduro adotou um tom conciliatório em relação à disputa territorial entre Venezuela e Guiana, declarando que ambos os países precisam “sentar e conversar” sobre Essequibo. O presidente venezuelano fez a declaração em uma publicação no X (antigo Twitter) após uma conversa com o presidente Lula (PT) neste sábado, 9. “A Guiana e a ExxonMobil terão que dialogar conosco. Queremos paz e compreensão”, afirmou o líder venezuelano. Ele destacou a opção pelo diálogo direto com a Guiana, apesar de reclamar da revogação do Acordo de Genebra por parte das autoridades guianenses. Maduro acusou a Guiana de ameaçar construir uma base militar para o Comando Sul dos EUA e reforçou a defesa da Guiana Essequiba pelo povo venezuelano. Essa mudança no discurso ocorre após o líder socialista realizar um plebiscito sobre a anexação do território vizinho, desconsiderando a proibição da Corte Internacional de Justiça, e divulgar um novo mapa que incorpora Essequibo à Venezuela.

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Por mais de um século, Venezuela e Guiana disputam o território de Essequibo, na América do Sul. Sob controle guianense desde o fim do século 19, a região abriga 125 mil pessoas. Ambos os países reivindicam direitos baseados em documentos internacionais. A Guiana sustenta sua propriedade com base em um laudo de 1899, emitido em Paris, que estabeleceu as fronteiras atuais quando a Guiana era um território britânico. A Venezuela alega a posse com base em um acordo de 1966 com o Reino Unido, antes da independência da Guiana, anulando o laudo arbitral e estabelecendo bases para uma solução negociada.

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