Maduro propõe que Celac acompanhe as eleições presidenciais na Venezuela
O presidente estendeu o convite à Secretaria-Geral da ONU, para que possa ‘ver a verdade de um país que vem aperfeiçoando seus sistemas de consulta’
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sugeriu nesta sexta-feira que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) prepare uma delegação para acompanhar as eleições presidenciais do país, que ainda não têm data definida. “Peço à Celac que avalie a possibilidade de preparar uma delegação de observadores internacionais para se juntar ao processo de preparação, realização e desenvolvimento das eleições presidenciais a partir de hoje até o momento em que a eleição for definida e realizada”, afirmou Maduro durante seu discurso na 8ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Celac.
O presidente estendeu o convite à Secretaria-Geral das Nações Unidas (ONU), para que possa “ver a verdade de um país que vem aperfeiçoando seus sistemas de consulta, seus sistemas políticos, seu sistema eleitoral, além da manipulação, além das pressões imperiais e das pressões geopolíticas”. O presidente venezuelano explicou aos participantes da cúpula que nesta semana foi assinado um acordo com “43 partidos políticos” de todo o país, além de movimentos empresariais, religiosos, culturais e intelectuais, que estabelece as garantias para as eleições na Venezuela.
“Este acordo estabelece as bases para as garantias plenas de um processo eleitoral totalmente confiável no segundo semestre deste ano, como foi estabelecido”, explicou, referindo-se à proposta de calendário entregue nesta sexta-feira ao Poder Eleitoral pelo Legislativo, que está encarregado de organizar e conduzir a discussão. O presidente insistiu que as eleições venezuelanas serão “absolutamente confiáveis, transparentes, com um sistema eleitoral que gostaria que a Celac conhecesse e pudesse divulgar”. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta sexta-feira que começará a estudar as 27 datas propostas por vários setores do país para a realização das eleições presidenciais deste ano, depois de receber uma lista de sugestões que vão desde a primeira semana de abril até dezembro da Assembleia Nacional (Parlamento), controlada pelo chavismo.
*Com informações da EFE
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