Mais de 20 centros de vacinação são vandalizados na França com exigência de passe sanitário

Entre as depredações, estão o incêndio de uma tenda, a inundação de outra e uma ameaça de explosão desde o meio de julho, quando primeiras etapas da medida passaram a valer

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2021 14h48 - Atualizado em 11/08/2021 15h15
EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON pessoa checando passe sanitário de homem em Paris Passe elétrico foi estendido na França nesta semana

O ministério do Interior da França estimou nesta quarta-feira, 11, que pelo menos 22 centros de vacinação do país tenham sido depredados por vândalos contrários à implementação do passe sanitário contra a Covid-19, que exige comprovação de vacinação ou teste negativo da doença para entrada em locais como bares, festivais e restaurantes. No começo da semana, como previsto pelo governo francês, o passe foi ampliado para entrada de pessoas em viagens intermunicipais e interregionais que sejam feitas de avião, trem ou barco. As depredações envolvem a pichação de suásticas e dos dizeres “genocidas” ou “nazistas”, que foram levantados por manifestantes ao longo de semanas de protestos contra as ações do governo.

Na comuna de Neuille-Pont-Pierre, uma estrela de Davi similar a que nazistas obrigavam judeus a usar para serem identificados na Alemanha quando eram perseguidos pelo governo também foi pichada. “Estamos limpando todos esses horrores, esses são atos de ódio. Outros centros também foram atingidos por esses ataques covardes e racistas”, afirmou o prefeito da cidade, Michel Jollivet, em entrevista a um canal local. No sudeste do país, invasores abriram torneiras de madrugada e inundaram o local; na região dos Pirineus, uma tenda usada como ponto temporário de vacinação foi incendiada. No leste francês, a energia de um centro de vacinação foi cortada para que os imunizantes perdessem a qualidade. Em Tolouse, um bilhete com uma ameaça de explosão foi deixado dentro de um ponto de imunização. Até agora, apesar das promessas de punição aos envolvidos com as manifestações, ninguém foi preso pelos crimes.

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