Médico diz que opositor russo não foi envenenado

Executivo de hospital que atendeu Alexei Navalny disse que já há um diagnóstico, mas não pode ser divulgado

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2020 08h46
EFE/EPA/YURI KOCHETKOV O opositor russo Alexei Navalny em um protesto Alexei Navalny, líder da oposição na Rússia, está internado na Sibéria

O vice-diretor do Hospital de Emergências nº 1 de Omsk, na Rússia, afirmou nesta sexta-feira (21) que não há vestígios de veneno nas análises do líder da oposição russo Alexei Navalny, internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde ontem (20). “Não foi detectado nenhum veneno ou traço dele nos exames de sangue ou urina”, disse Anatoly Kalinichenko em entrevista coletiva. Ele acrescentou frisou que os médicos consideram que Navalny não foi envenenado. Kalinichenko observou que “no decorrer do tratamento, foi alcançado um diagnóstico conclusivo”. “Infelizmente, não posso tornar isso público, mas já foi comunicado à esposa e ao irmão (de Navalny)”, acrescentou.

O médico insistiu que o estado do paciente é instável, por isso não é apropriado falar sobre a possibilidade de sua transferência. Parentes e colegas de Navalny solicitaram, sem sucesso, autorização para transferi-lo para uma clínica na Alemanha em um ambulância aérea que já está no aeroporto de Omsk. “A proibição de transportar Navalny serve apenas para ganhar tempo e esperar o momento em que o veneno não possa mais ser detectado em seu corpo. Cada hora de atraso representa uma ameaça crítica à sua vida”, escreveu a porta-voz do político, Kira Yarmysh, no Twitter.

Ontem, Navalny, de 44 anos, sentiu um mal-estar a bordo do avião em que voltava da cidade de Tomsk, na Sibéria, para Moscou. Com isso, a aeronave teve que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Omsk e ele foi levado em seguida para um hospital. “É ilegal manter Alexei em um hospital que não possui os tratamentos, condições e equipamentos necessários. Eles não nos mostram os relatórios”, disse a médica particular de Navalny, Anastasia Vasilyeva.

*Com EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.