Médicos e pacientes deixam maior hospital de Gaza após ordem de Israel

Situação tem despertado preocupação internacional; Tel Aviv alega que o grupo terrorista Hamas utiliza o estabelecimento como base militar

  • Por da Redação
  • 18/11/2023 19h38
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Exército Israelense/AFP soldados israelenses realizam operações dentro do hospital Al-Shifa Soldados israelenses realizam operações dentro do hospital Al-Shifa

Centenas de pessoas estão deixando o hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após receberem uma ordem do Exército israelense. Soldados que estão realizando operações militares na região há quatro dias consecutivos determinaram a desocupação no prazo de uma hora. Embora a maioria das pessoas tenha deixado o local, cerca de 120 feridos e um grupo de bebês prematuros ainda permanecem nas instalações. Autoridades médicas estão preocupadas com a situação e afirmam que vários médicos permaneceram no hospital para continuar atendendo os pacientes. Já Tel Aviv afirma que facilita a saída dos civis a pedido da direção do local.

De acordo com informações da ONU, aproximadamente 2.300 pacientes, equipes médicas e refugiados estavam presentes no hospital Al-Shifa antes da ordem de desocupação. Essa situação tem despertado preocupação internacional sobre o destino dessas pessoas. Por outro lado, Israel alega que o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, está utilizando o estabelecimento como base militar. O exército israelense entrou em contato com o diretor do hospital, Mohamed Abu Salmiya, solicitando que todos os pacientes, feridos, deslocados e equipe médica deixassem o local e se dirigissem a pé para a avenida costeira, que fica próxima ao hospital, na Cidade de Gaza, dentro do prazo estabelecido. Nos últimos dias, soldados israelenses têm realizado interrogatórios dentro do hospital Al-Shifa e vasculhado cada prédio do complexo médico.

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