Mergulhadores encontram corpo de filha de bilionário, última desaparecida em naufrágio na Itália
A jovem foi localizada, tal como as demais vítimas, fora das cabines, o que leva a crer que as seis vítimas tentaram sair do iate enquanto a embarcação afundava
As equipes de busca localizaram nesta sexta-feira (23) o corpo de Hannah, filha de 18 anos do bilionário britânico Mike Lynch, última pessoa desaparecida no naufrágio do Bayesian, o iate que afundou na última segunda-feira (19) no litoral da Sicília, na Itália, depois de um forte tornado. Durante a manhã, os mergulhadores voltaram a submergir até à profundidade de 50 metros, onde se encontra o iate, em busca da última vítima, depois de na quinta-feira terem recuperado o corpo do quinto dos seis desaparecidos, que era justamente Mike Lynch, segundo a imprensa. Restava então encontrar Hannah, depois de terem recuperado os corpos do presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e de sua esposa Judy, e do advogado do empresário, Chris Morvillo e de sua esposa Neda; enquanto no primeiro dia das buscas foi encontrado no mar o corpo do cozinheiro do navio, Recaldo Thomas, canadense nascido na ilha de Antígua.
A jovem foi localizada, tal como as demais vítimas, fora das cabines, o que leva a crer que as seis vítimas tentaram sair do iate enquanto este afundava. O Ministério Público de Termini Imerese, que investiga o naufrágio pelos crimes de homicídio múltiplo e naufrágio por negligência, poderá agora ordenar as autópsias das vítimas e anunciou uma coletiva de imprensa para o próximo sábado para dar detalhes sobre a abertura da investigação. Resta esclarecer como foi possível que o iate de 56 metros, equipado com as mais sofisticadas tecnologias e equipamentos de radar, tenha afundado em poucos minutos, como demonstram os inúmeros vídeos adquiridos pelos investigadores nas residências e em um iate clube localizado na área.
Uma das hipóteses formuladas inicialmente foi a quebra do mastro, que media 75 metros, mas as operações de resgate teriam demonstrado que o instrumento está intacto. Outra é que o navio se inclinou tanto que a água entrou porque as escotilhas e as portas laterais estavam abertas, apesar dos avisos de que uma tempestade se aproximava.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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