Ministério da Saúde da Argentina considera que o país está vivendo ‘o pior momento da pandemia’

A declaração está relacionada a uma disputa política entre o presidente Alberto Fernandéz e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, que é contrário à suspensão das aulas presidenciais

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2021 14h16
EFE/Juan Ignacio Roncoroni Argentinos vão às ruas protestar contra o fechamento das escolas No último sábado, 17, moradores de Buenos Aires foram às ruas protestar contra o fechamento das escolas

A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, afirmou que o país está enfrentando “o pior momento da pandemia”. “Precisamos priorizar a saúde sobre a política e avaliar o risco coletivo. O sistema de saúde está em risco de transbordar”, disse a médica infectologista. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 22, mesmo dia que a nação sul-americana alcançou o total de 60 mil mortes por Covid-19, além de 2,7 milhões de infecções pelo novo coronavírus. Porém, a fala também possui um caráter político e está relacionada a uma disputa entre o partido de centro-direita Propuesta Republicana, do prefeito de Buenos Aires, e o partido de esquerda Frente de Todos, do presidente da Argentina.

Como 75% dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) de Buenos Aires estão ocupados, o governo de Alberto Fernandéz ordenou a implementação de aulas remotas por um período de 15 dias para diminuir a circulação de pessoas na capital argentina. No entanto, o prefeito Horacio Rodríguez Larreta é contrário à medida e está tentando impedir judicialmente o fechamento das escolas e, consequentemente, o decreto presidencial. A justificativa da prefeitura é que a cidade tem autonomia para tomar as suas próprias decisões. No último sábado, 17, os argentinos foram às ruas de Buenos Aires para protestar contra a suspensão das aulas presidenciais.

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