Ministério Público da Venezuela convocará candidato da oposição para investigação criminal

Procurador-geral do país culpa González Urrutia e María Corina Machado pelos atos de violência nos protestos que deixaram 27 mortos

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2024 17h17
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EFE/Ronald Peña R. AME6910. CARACAS (VENEZUELA), 08/08/2024.- Fotografia de arquivo datada de 31 de julho de 2024 do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva no Palácio Miraflores em Caracas (Venezuela). O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta-feira a tomada da rede social do país caribenho. EFE/Ronald Peña R.AME6910. CARACAS (VENEZUELA), 08/08/2024.- Fotografia de arquivo datada de 31 de julho de 2024 do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva no Palácio Miraflores em Caracas (Venezuela). O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta-feira a tomada da rede social do país caribenho. EFE/Ronald Peña R. Maduro foi oficialmente apresentado como presidente em 28 de julho

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou nesta sexta-feira (23) que convocará para depor o candidato da oposição Edmundo González Urrutia, contra quem está pendente uma investigação criminal após denunciar fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho. “Nas próximas horas, o cidadão Edmundo González Urrutia será intimado por este Ministério Público com base na investigação em curso para que possa prestar declarações sobre a sua autoria (…) da página que usurpou nada mais e nada menos que os poderes que só correspondem ao Poder Eleitoral”, disse o procurador em declarações à imprensa. Ele se referiu a um site no qual a oposição publicou cópias das atas eleitorais que, segundo a oposição, comprovam a derrota do presidente Nicolás Maduro.

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Saab culpa González Urrutia e a líder da oposição María Corina Machado pelos atos de violência nos protestos que deixaram 27 mortos – dois deles militares -, quase 200 feridos e mais de 2.400 detidos. “Tem que vir a esta convocação para falar consequente e sucessivamente sobre a sua responsabilidade antes do 28 de julho, durante o 28 de julho e depois do 28 de julho pela sua contumácia, pela sua desobediência às autoridades legitimamente constituídas”, acrescentou o responsável. “Ele vai ter que dar a cara”, frisou.

Em 5 de agosto, o Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação contra González e Machado por “instigação à insurreição”, entre outros crimes, depois de estes terem pedido às Forças Armadas que cessassem a “repressão” aos protestos e virassem as costas a Maduro, em uma carta aberta nas redes sociais. González Urrutia não aparece em público desde 30 de julho, quando participou de uma manifestação da oposição. Limita-se a fazer publicações nas redes sociais.

Maduro pediu pena de prisão para ele e Machado. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro reeleito para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031), com 52% dos votos. A oposição afirma que González Urrutia venceu com 67% dos votos, segundo cópias das atas que publicou no site, mas que o chavismo afirma serem “forjadas”.

Diante de um recurso interposto por Maduro, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) validou os resultados na quinta-feira e acusou González Urrutia de “desacato” por se recusar a comparecer às audiências do “processo de perícia” de material eleitoral. O tribunal anunciou que enviaria sua decisão à Saab para “sanções”.

*Com informações da AFP

Publicado por Tamyres Sbrile

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