‘Mísseis balísticos chineses caíram em território japonês’, afirma ministro da Defesa

Japão considera o incidente como ‘um problema sério que afeta a segurança nacional’; essa é a primeira vez que zona econômica exclusiva do país é atingida

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2022 10h54 - Atualizado em 04/08/2022 11h06
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Noel Celis / AFP míssil chines japão China disparou míssil em direção a Taiwan em resposta a visita de Nancy Pelosi a ilha

Mísseis balísticos chineses caíram na zona econômica exclusiva (ZEE) do Japão nesta quinta-feira, 4, informou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi. “Acreditamos que cinco dos nove mísseis balísticos lançados pela China caíram na ZEE do Japão”, declarou à imprensa, acrescentando que o número de nove mísseis é uma estimativa feita por eles. “O Japão apresentou um protesto à China por meio de canais diplomáticos”, disse Kishi, chamando o incidente de “um problema sério que afeta nossa segurança nacional e a de nossos cidadãos”. A China ainda não se manifestou sobre a acusação do Japão. O ministro afirmou que esta foi a primeira vez que mísseis balísticos chineses entraram na ZEE japonesa. Algumas ilhas do departamento de Okinawa, no extremo sul do Japão, estão apenas a algumas dezenas de quilômetros de Taiwan. A China começou a realizar nesta quinta, em uma escala sem precedentes, grandes exercícios militares nas águas ao redor de Taiwan. As manobras vão até domingo, 7.

“Seis grandes áreas ao redor da ilha foram selecionadas para o exercício de combate e, durante este período, navios e aeronaves não poderão entrar nos espaços aéreo e marítimo envolvidos”, informou uma mídia estatal chinesa. O ministério da Defesa de Taiwan afirmou que a China disparou “múltiplos” mísseis balísticos em águas próximas à ilha. A pasta condenou o que chamou de “ações irracionais que minam a paz regional”. As autoridades militares taiwanesas não mencionaram o local exato onde os mísseis caíram ou se sobrevoaram a ilha. Essa ação é em resposta à visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, entre terça e quarta-feira na ilha, apesar das fortes advertências de Pequim, que considera Taiwan como uma de suas províncias. A iniciativa de Pelosi é vista pela China como uma provocação, um apoio aos defensores da independência de Taiwan e uma violação da promessa dos Estados Unidos de não ter relações oficiais com a ilha.

*Com informações da AFP

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