Mortos em confronto entre Israel e Hamas passam de 2.300

Segundo o último balanço, são ao menos 1.000 em território israelenses e cerca de 770 na Faixa de Gaza, além dos 17 da Cisjordânia ocupada; um brasileiro está entre as vítimas

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2023 11h30 - Atualizado em 11/10/2023 20h11
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BASHAR TALEB / AFP mortos em gaza Pessoas em luto comparecem ao funeral dos colegas jornalistas Said al-Taweel e Mohammed Sobboh, que foram mortos em um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza

O confronto entre Israel e o grupo Hamas, que acontece neste sábado, 7, já deixou mais de 2.300 mortos. Segundo o último balanço, são ao menos 1.200 em Israel, de acordo a imprensa local, e cerca de 1.100 na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, além dos 17 da Cisjordânia ocupada. Entre os mortos está o brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta terça-feira, 10, a morte de jovem. “Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, disse o Itamaraty, em nota. Glazer era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Tel Aviv havia sete anos. Ele também tinha cidadania israelense e chegou a servir ao Exército do país — o serviço é obrigatório, mas qualquer cidadão pode pedir dispensa. Bruna Valeanu, brasileira que estava desaparecida, foi encontrada morta neste terça. Neste momento, uma brasileira com dupla nacionalidade segue desaparecida: Karla Stelzer.

Nesta terça-feira, 10, a ONU (Organização das Nações Unidas), informou que o número de refugiados internos é de cerca de 200 mil. “O número de pessoas deslocadas aumentou consideravelmente na Faixa de Gaza, subindo para mais de 187.500 desde sábado. A maioria está abrigada em escolas da UNRWA” (a agência da ONU para refugiados palestinos), disse um porta-voz da OCHA, Jens Laerke. Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu a abertura de um corredor humanitário para a Faixa. “É necessário um corredor humanitário para levar material médico essencial para a população”, declarou o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, em Genebra. Segundo ele, a organização está trabalhando nisso com vários atores institucionais.

faixa de gaza

Na segunda-feira, em entrevista à imprensa, o ministro das relações Interiores de Israel, Eli Cohen, disse que mais de 100 pessoas foram feitas de prisioneiras pelo Hamas. Também em entrevista aos jornalistas, Libby Weiss, porta-voz da Defesa de Israel, disse que há testemunhos falando que familiares foram arrastados através da fronteira. “Os números são horríveis e devastadores”, disse, acrescentando que neste momento são vários os focos, porém, neste momento existem alguns principais, como “garantir a segurança da fronteira e garantir que não haja nenhum terrorista de Hamas em Israel e trazer os reféns de volta para casa”.

O Hamas, que ameaça executar cidadãos civis e transmitir online se Israel não parar de atacar a Faixa de Gaza sem aviso prévio, disse na noite de segunda, depois de falar pela manhã que ainda não era o momento para negociação com Israel, que estava disposto a conversar sobre um possível cessar-fogo desde que tenha “alcançado seus objetivos”. A informação foi dada por Moussa Abu Marzouk, integrante da alta patente do grupo, em entrevista à rede de notícias árabe ‘Al Jazeera’. Ao ser questionado sobre negociações de cessar-fogo, Marzouk informou que o Hamas estava aberto a “algo desse tipo” e a “todos os diálogos políticos”.

Estrangeiros mortos

Além do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, uma da vítimas fatais do confronto entre Israel e Hamas, também há outros estrangeiros na lista. Vários deles participavam de uma festa “rave” no deserto perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde pelo menos 250 pessoas morreram.  Segundo um balanço divulgado na noite de segunda, são:

  • Tailândia: 18 mortos
  • Estados Unidos: 14 mortos
  • Nepal: 10 mortos
  • Argentina: 7 mortos
  • França: 8 mortos
  • Ucrânia: 2 mortos
  • Rússia: 2 mortos
  • Reino Unido: 2 mortos
  • Camboja: 1 morto
  • Canadá: 1 morto
  • Brasil: 2 mortos

Além dos mortos, também existem cidadãos estrangeiros que estão desaparecidos. O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha não divulgou números, mas disse que existem vários alemães, que tê nacionalidade israelense, que foram sequestrados e estão desparecidos. Outros países, por sua vez, já conseguiram divulgar a quantidade de civis que ainda não foram localizados.

  • Filipinas: 5 desaparecidos
  • Áustria: 3 desaparecidos
  • Brasil: 2 desaparecidas
  • Espanha: 2 desaparecidos
  • Paraguai: 2 desaparecidos
  • Chile: 2 desaparecidos
  • Colômbia: 2 desaparecidos
  • Peru: 2 desaparecidos
  • Itália: 2 desaparecidos
  • Tanzânia: 2 desaparecidos
  • Sri Lanka: 2 desaparecidos
  • Panamá: 1 desaparecida
  • Irlanda: 1 desaparecida

*Com informações das agências internacionais 

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