Mortos em confronto entre Israel e Hamas passam de 2.300
Segundo o último balanço, são ao menos 1.000 em território israelenses e cerca de 770 na Faixa de Gaza, além dos 17 da Cisjordânia ocupada; um brasileiro está entre as vítimas
O confronto entre Israel e o grupo Hamas, que acontece neste sábado, 7, já deixou mais de 2.300 mortos. Segundo o último balanço, são ao menos 1.200 em Israel, de acordo a imprensa local, e cerca de 1.100 na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, além dos 17 da Cisjordânia ocupada. Entre os mortos está o brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta terça-feira, 10, a morte de jovem. “Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, disse o Itamaraty, em nota. Glazer era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Tel Aviv havia sete anos. Ele também tinha cidadania israelense e chegou a servir ao Exército do país — o serviço é obrigatório, mas qualquer cidadão pode pedir dispensa. Bruna Valeanu, brasileira que estava desaparecida, foi encontrada morta neste terça. Neste momento, uma brasileira com dupla nacionalidade segue desaparecida: Karla Stelzer.
Nesta terça-feira, 10, a ONU (Organização das Nações Unidas), informou que o número de refugiados internos é de cerca de 200 mil. “O número de pessoas deslocadas aumentou consideravelmente na Faixa de Gaza, subindo para mais de 187.500 desde sábado. A maioria está abrigada em escolas da UNRWA” (a agência da ONU para refugiados palestinos), disse um porta-voz da OCHA, Jens Laerke. Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu a abertura de um corredor humanitário para a Faixa. “É necessário um corredor humanitário para levar material médico essencial para a população”, declarou o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, em Genebra. Segundo ele, a organização está trabalhando nisso com vários atores institucionais.
Na segunda-feira, em entrevista à imprensa, o ministro das relações Interiores de Israel, Eli Cohen, disse que mais de 100 pessoas foram feitas de prisioneiras pelo Hamas. Também em entrevista aos jornalistas, Libby Weiss, porta-voz da Defesa de Israel, disse que há testemunhos falando que familiares foram arrastados através da fronteira. “Os números são horríveis e devastadores”, disse, acrescentando que neste momento são vários os focos, porém, neste momento existem alguns principais, como “garantir a segurança da fronteira e garantir que não haja nenhum terrorista de Hamas em Israel e trazer os reféns de volta para casa”.
O Hamas, que ameaça executar cidadãos civis e transmitir online se Israel não parar de atacar a Faixa de Gaza sem aviso prévio, disse na noite de segunda, depois de falar pela manhã que ainda não era o momento para negociação com Israel, que estava disposto a conversar sobre um possível cessar-fogo desde que tenha “alcançado seus objetivos”. A informação foi dada por Moussa Abu Marzouk, integrante da alta patente do grupo, em entrevista à rede de notícias árabe ‘Al Jazeera’. Ao ser questionado sobre negociações de cessar-fogo, Marzouk informou que o Hamas estava aberto a “algo desse tipo” e a “todos os diálogos políticos”.
Estrangeiros mortos
Além do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, uma da vítimas fatais do confronto entre Israel e Hamas, também há outros estrangeiros na lista. Vários deles participavam de uma festa “rave” no deserto perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde pelo menos 250 pessoas morreram. Segundo um balanço divulgado na noite de segunda, são:
- Tailândia: 18 mortos
- Estados Unidos: 14 mortos
- Nepal: 10 mortos
- Argentina: 7 mortos
- França: 8 mortos
- Ucrânia: 2 mortos
- Rússia: 2 mortos
- Reino Unido: 2 mortos
- Camboja: 1 morto
- Canadá: 1 morto
- Brasil: 2 mortos
Além dos mortos, também existem cidadãos estrangeiros que estão desaparecidos. O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha não divulgou números, mas disse que existem vários alemães, que tê nacionalidade israelense, que foram sequestrados e estão desparecidos. Outros países, por sua vez, já conseguiram divulgar a quantidade de civis que ainda não foram localizados.
- Filipinas: 5 desaparecidos
- Áustria: 3 desaparecidos
- Brasil: 2 desaparecidas
- Espanha: 2 desaparecidos
- Paraguai: 2 desaparecidos
- Chile: 2 desaparecidos
- Colômbia: 2 desaparecidos
- Peru: 2 desaparecidos
- Itália: 2 desaparecidos
- Tanzânia: 2 desaparecidos
- Sri Lanka: 2 desaparecidos
- Panamá: 1 desaparecida
- Irlanda: 1 desaparecida
*Com informações das agências internacionais
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