Moscou realiza segundo ataque perto de Kiev em dois dias e proíbe Boris Johnson de entrar na Rússia

Bombardeio deixa pelo menos um morto e foi resposta a naufrágio de navio de guerra no Mar Negro; além do primeiro-ministro britânico, outras autoridades do país também foram sancionadas

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2022 10h57 - Atualizado em 16/04/2022 10h59
Stringer / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP Boris Johnson e Volodymyr Zelensky em Kiev O premiê britânico, Boris Johnson, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, caminhando pelas ruas de Kiev no dia 9 de abril

A Rússia bombardeou uma nova fábrica militar na área de Kiev neste sábado, 16, cumprindo a ameaça de intensificar seus ataques à capital ucraniana depois de perder seu principal navio de guerra no Mar Negro nesta semana, em um ataque reivindicado pela Ucrânia. O primeiro ataque foi realizado na última sexta-feira, 15. Nas primeiras horas deste sábado também foram realizados bombardeios perto de Lviv, no oeste da Ucrânia. Há dias, as tropas russas haviam deixado a região da capital e estavam se concentrando apenas no leste do país, onde devem intensificar o conflito a qualquer momento. Também neste sábado, o Kremlin proibiu a entrada do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, na Rússia, sob o argumento de que os britânicos estão tendo uma “ação hostil” contra Moscou.

O alvo do bombardeio russo neste sábado foi o complexo industrial localizado no distrito de Darnytsky, onde os tanques ucranianos são fabricados. A informação foi confirmada pela agência de notícias AFP. Um grande número de soldados e socorristas se reuniram no local, de onde saía uma grande fumaça. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque. “Armas de longo alcance e alta precisão destruíram edifícios de uma fábrica de produção de armas em Kiev”, disse o ministério em comunicado na rede Telegram. Segundo fontes oficiais da Ucrânia, pelo menos uma pessoa morreu no bombardeio. “De manhã, Kiev foi bombardeada. Houve explosões no distrito de Darnytsky, nos arredores da cidade. Equipes de resgate e médicos estão trabalhando no local”, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. Ele pediu mais uma vez que os civis que vivem na cidade deixem a capital e que não voltem nos próximos dias, que permaneçam em um “local seguro”.

Ainda neste sábado, o Kremlin anunciou a proibição do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de entrar na Rússia, sob o argumento de que os britânicos estão tendo uma “ação hostil” contra Moscou. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores russo. Outros 10 altos ministros também foram sancionados da mesma forma, entre eles: a secretária de Relações Exteriores Liz Truss, do secretário de Defesa Ben Wallace, e do primeiro-ministro da Escócia, Nicola Sturgeon. Em comunicado oficial, a Pasta disse que a proibição foi “em vista da ação hostil sem precedentes do governo britânico, em particular a imposição de sanções contra altos funcionários russos”, acrescentando que expandirá a lista em breve. Em 9 de abril, Boris Johnson chegou a visitar a capital ucraniana, Kiev, de surpresa, em forma de demonstração de apoio. Além disso, os britânicos estão mobilizados desde o início do conflito no leste europeu, pela diplomacia, aplicação de sanções à Rússia e pelo envio de equipamentos e armas à Ucrânia.

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