Mulher argentina pode ser segunda pessoa no mundo a se curar do HIV sem tratamento

Diagnosticada com a doença em 2013, paciente de 30 anos teve mais de 1 bilhão de células analisadas por cientistas, que não encontraram níveis detectáveis do vírus

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2021 14h44 - Atualizado em 17/11/2021 14h44
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EFE/EPA/JAKUB KACZMARCZYK labotarotrio Amostras de tecido da paciente foram analisadas em busca de vestígios do vírus

Um estudo publicado nesta terça-feira, 16, no jornal científico Archives of Internal Medicine descreve aquele que pode ser o segundo caso do mundo de “cura espontânea” do vírus HIV. A pesquisa, assinada por 24 especialistas da Argentina e dos Estados Unidos, afirma que mais de 1 bilhão de células da paciente, uma mulher de 30 anos, foram analisadas e nenhum vestígio do vírus foi encontrado. Ela foi diagnosticada com a doença em 2013 e era monitorada desde então sem receber qualquer tratamento, exceto por um semestre no qual ela ficou grávida e tomou remédios para não passar o vírus para o filho. “A replicação do vírus não foi detectada na controladora de elite mesmo diante da análise de um grande número de células do sangue e de outros tecidos, sugerindo que esta paciente pode ter naturalmente alcançado a cura da infecção do vírus”, afirma conclusão do estudo.

Até hoje, apenas um caso da cura do HIV sem tratamento foi reportado pela medicina: o de Loreen Willenberg, norte-americana de 67 anos, que em 2020 foi oficialmente declarada como livre da doença sem fazer qualquer tratamento com coquetéis de remédios ou transplante de medula. A esperança é que as duas pacientes possam virar foco de estudo para que novas formas de curar a doença sejam encontradas pela ciência. “Esse pode ser um caminho a se seguir para buscar a cura para pessoas cujos sistemas imunológicos não são capazes de fazer isso sozinhos”, afirmou em entrevista ao jornal britânico BBC o principal pesquisador do estudo, Dr Xu Yu, fo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

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