Negociadores do Mercosul e da União Europeia se reunirão no mês de setembro em Brasília

Blocos comerciais chegaram a um princípio de acordo em 2019, mas discussões finais foram paralisadas devido a novas exigências ambientais introduzidas por grupo de países europeus

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2024 08h34
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Ricardo Stuckert/PR Cerimônia oficial de chegada do Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, por ocasião de sua Visita de Estado ao Brasil Presidente da França, Emmanuel Macron, tem sido uma das autoridades mais críticas aos termos do acordo

Os negociadores do Mercosul e da União Europeia (UE) se reunirão em Brasília entre os dias 4 e 6 de setembro para o primeiro encontro presencial entre os dois blocos desde o último mês de abril, segundo informaram nesta quarta-feira (7) fontes do Ministério das Relações Exteriores. As negociações em nível técnico entre os dois blocos, que há duas décadas discutem um acordo comercial, não pararam em nenhum momento, garantiu à Agência EFE uma fonte do Itamaraty. Os blocos comerciais chegaram a um princípio de acordo em 2019, mas as discussões finais foram paralisadas devido a novas exigências ambientais introduzidas no ano passado por um grupo de países europeus, as quais o Mercosul considera protecionistas.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, tem sido uma das autoridades mais críticas aos termos do acordo, por considerá-lo “obsoleto” por não contemplar medidas de proteção do ambiente. Especificamente, Macron criticou as supostas vantagens que o acordo ofereceria aos agricultores dos países sul-americanos, salientando que a legislação ambiental destes países é menos restritiva que a da Europa.

No entanto, os governos de países como Brasil e Espanha reiteram que as negociações seguem em curso e que será possível concluir um acordo ainda este ano. Em junho, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, garantiu que o próprio Macron, durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da recente cúpula do G7 na Itália, sugeriu que poderia voltar a abordar o tema.

*Com informações da EFE

Publicado por Marcelo Bamonte

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