No Paraguai, padre é processado por superlotação em missa de Domingo de Ramos

Ministério Público apurou que não houve distanciamento adequado depois de uma denúncia na polícia

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2021 00h53
Reprodução igreja Virgen de la Candelaria Igreja Virgen de la Candelaria, do Paraguai

O Ministério Público do Paraguai acusou formalmente um padre de 84 anos de idade por violar a quarentena sanitária durante a celebração da missa do Domingo de Ramos, durante a última Semana Santa, permitindo a presença de mais pessoas do que as contempladas na quarentena decretada anteriormente pela pandemia da Covid-19. O Ministério Público apresentou as acusações após uma queixa recebida em uma delegacia de polícia sobre a presença de um grande número de pessoas no dia 28 de março na igreja paroquial da Virgen de la Candelaria, na cidade de Capiatá, durante a cerimônia presidida pelo pároco José María Velázquez.

De acordo com a investigação policial no local, a cerca de 20 quilômetros de Assunção, o religioso admitiu que a cerimônia ocorreu sem um agendamento prévio dos fiéis. O máximo permitido em decreto de março do ano passado, desde o começo da pandemia, é de 20 pessoas. A investigação policial apontou também que ele não manteve a distância adequada durante a cerimônia da bênção das palmas no pátio da igreja, de acordo com nota oficial do Ministério Público.

O governo havia decretado um período de quarentena até o final da Páscoa para tentar combater uma onda de contágios pelo vírus SARS-CoV-2, que continua sobrecarregando o sistema de saúde paraguaio, tanto no público quanto no privado. Entretanto, as autoridades reconheceram após aqueles dias que as medidas não foram respeitadas pela maioria da população, o que foi posteriormente endossado pelos oficiais de saúde, que alertaram para um impacto mínimo da restrição na curva epidemiológica.

*Com informações da EFE

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