Nos Estados Unidos, Câmara aprova aumento do ‘auxílio emergencial’ a cidadãos

Novo pacote de estímulos devido à pandemia da Covid-19 foi incentivado pelo presidente Donald Trump e ainda precisa passar pelo Senado para ser aprovado

  • Por Jovem Pan
  • 28/12/2020 22h07
EFE/EPA/CJ GUNTHER Mulher usa camiseta branca, máscara de proteção preta e segura uma bandeira dos EUA Norte-americanos continuarão a receber 'auxílio emergencial'

A maioria democrata da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos conseguiu nesta segunda-feira, 28, aprovar um aumento de US$ 600 para US$ 2.000 (de R$ 3.148 para R$ 10 mil, na cotação atual) nos pagamentos diretos que os americanos receberão no novo pacote de estímulos devido à pandemia de Covid-19, mudança que contrariou muitos republicanos, embora tenha sido exigida pelo presidente Donald Trump. Com 275 votos a favor e 134 contra, a câmara aprovou o aumento e enviou a iniciativa ao Senado, onde ainda não se sabe se a maioria republicana apoiará a mudança. Para aprovar o aumento, a Câmara precisava do aval de dois terços dos membros, motivo pelo qual era indispensável o apoio de alguns republicanos.

Na sessão, a presidente da câmara, a democrata Nancy Pelosi, pediu para que os republicanos votassem a favor da iniciativa para ajudar as famílias que foram fortemente impactadas pela pandemia, perderam empregos e encaram sérias dificuldades econômicas. “Os republicanos só têm uma opção: votar por esta lei ou negar a dor sentida pelas famílias. Recusar isto será negar os desafios econômicos enfrentados pelo povo americano. Peço um forte apoio bipartidário”, frisou Pelosi. Depois de cinco dias de recusas, no domingo, Trump finalmente ratificou o projeto de lei, avaliado em US$ 2,3 trilhões e que inclui um pacote de US$ 900 bilhões para amenizar a deterioração da economia por causa da pandemia.

Esse plano contém pagamentos diretos de US$ 600 a todos os americanos com renda anual menor que US$ 75 mil. No entanto, o presidente e os democratas querem que a quantia final seja de US$ 2 mil. Esta divisão obriga os republicanos a decidirem se desafiam ou não o mandatário em fim de mandato, o que pode ter consequências nas eleições para o Senado. No dia 5 de janeiro, o estado da Geórgia realiza eleições para eleger dois senadores federais, o que decidirá qual partido terá a maioria no Senado. Os dois candidatos republicanos na Geórgia, David Perdue e Kelly Loeffler, tentam manter um complicado equilíbrio apoiando Trump, mas sem dizerem se apoiam ou não um aumento no auxílio.

*Com informações da EFE

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