Nova Zelândia aprova, em primeira votação, lei que restringe porte de armas

Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 50 mortos e 50 feridos em 15 de março

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2019 09h41
Agência EFE Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 50 mortos e 50 feridos em 15 de março

O Parlamento da Nova Zelândia aprovou nesta terça-feira (2), em primeira votação, o projeto de lei que restringe o porte de armas. Numa sessão noturna, a Câmara dos Deputados do país aprovou o projeto por 119 votos a favor e 1 contra.

A medida ainda deve ser votada mais duas vezes. Ela foi proposta após os ataques a duas mesquistas na cidade de Christchurch, em 15 de março. Os atentados deixaram 50 mortos e 50 feridos. O projeto restringe a posse de armas semiautomáticas e fuzis de assalto, como as que foram utilizadas para cometer o massacre no mês passado.

Segundo o jornal New Zealand Herald, o superintendente da polícia, Mike McIlraith, demonstrou no tribunal e na frente de políticos sobre como é fácil manipular algumas armas para torná-las mais poderosas.

Na Nova Zelândia, cerca de 250 mil pessoas possuem licenças padrões de categoria A para porte de armas, que permite aos maiores de 16 anos possuírem e utilizarem rifles e escopetas, após testes policiais. O suspeito de ter cometido a chacina, identificado como o australiano Brenton Tarrant, possuía esta licença desde 2017 e desde então comprou cinco armas, incluindo duas semiautomáticas, que na maior parte foram adquiridas pelo site da loja de armas neozelandesa Gun City.

Promessa

A mudança na lei de armas foi proposta pela primeira-ministra neozelandeza, Jacinda Ardern, após o massacre em duas mesquitas. Segundo ela, seu gabinete está “completamente unido” em relação à reforma legal. “Há muitos neozelandeses que questionam que haja armas semiautomáticas disponíveis”, disse em entrevista coletiva.

Ardern ressaltou que os ataques do dia 15 de março “evidenciaram uma série de debilidades na lei de armas” da Nova Zelândia e que todo o governo coincide na necessidade de realizar mudanças, incluindo o seu parceiro de coalizão, o NZ First, que anteriormente tinha se oposto a isso. O líder do ZN First e vice-primeiro-ministro, Wintson Peters, confirmou o ponto na mesma entrevista coletiva, onde afirmou que após os fatos de sexta-feira “nosso mundo mudou para sempre e também as nossas leis mudarão”.

*Com informações da Agência EFE

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