Nove países criam coalizão para proteger ambientalmente o Oceano Pacífico

Ideia foi lançada na Cúpula das Américas pelo presidente do Chile, Gabriel Boric; nações com costas no oceano, que também margeia a Rússia, se reuniram para protegê-lo

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2022 06h24 - Atualizado em 10/06/2022 06h30
Mario Tama/Getty Images/AFP Presidente do Chile, Gabriel Boric, na Cúpula das Américas O presidente chileno Gabriel Boric na Plenária de Abertura da Cúpula das Américas, no Centro de Convenções de Los Angeles

Nove países das Américas com costas no Oceano Pacífico, incluindo os Estados Unidos, anunciaram a formação de uma “coalizão para a proteção dos oceanos“, do Alasca à Patagônia. A iniciativa foi lançada pelo Chile durante a Cúpula das Américas, em Los Angeles, onde a proteção do meio ambiente é um tema crucial. “Estamos celebrando o multilateralismo e a oportunidade que o diálogo abre para a construção de um mundo melhor. Os oceanos são os principais sumidouros naturais de carbono e, como tal, desempenham um papel crucial nos efeitos das mudanças climáticas”, disse o novo presidente chileno, Gabriel Boric, ao assinar o acordo.

A iniciativa recebeu a adesão dos governantes da Colômbia, Peru, Costa Rica, Equador e Panamá, dos chanceleres do Canadá e México, além do enviado especial da presidência dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. A proposta contempla a criação de áreas marinhas protegidas do Canadá até o Chile: espaços delimitados legalmente reconhecidos para garantir a preservação da biodiversidade marinha. “Temos de trabalhar melhor na proteção dos nossos mares porque as espécies marinhas não conhecem fronteiras (…) É um acordo de cooperação. Estabelecemos áreas comuns de proteção. Não se trata de não aproveitar os recursos marinhos, trata-se de explorar estes recursos com racionalidade e sustentabilidade”, disse o presidente da Costa Rica, Rodrigo Cháves.

O governo de Santiago apoia a iniciativa de proteger 30% do oceano, que também margeia a Rússia, até 2030. A ideia objetiva proteger espécies marinhas únicas do território, aumentar as oportunidades de turismo e potencializar o desenvolvimento sustentável das comunidades costeiras, explicou a ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola. “Do Chile lideramos um documento para a coalizão de proteção dos oceanos, com o apoio de oito países do Pacífico. Acredito que este é um marco fundamental. Da Chancelaria, afirmamos que um dos eixos fundamentais é a política turquesa”, disse ela.

*Com informações da AFP

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