Número de mortos em Gaza chega a 39,4 mil; total de feridos se aproxima de 91 mil

Exército israelense se retirou da zona sul da Faixa de Gaza, mas operações continuam com força em outras regiões

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2024 10h42 - Atualizado em 30/07/2024 10h45
AFP Rafah Gaza fumaça bombardeio em 6 de maio de 2024 Quase 10 mil corpos que permanecem nos escombros do enclave na Faixa de Gaza

Desde o último dia 7 de outubro, com o início da guerra na Faixa de Gaza, 39.400 palestinos morreram em consequência dos ataques de Israel, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde da Palestina, que contabilizou 37 mortes nas últimas 24 horas. Além disso, outras 73 pessoas foram atendidas com ferimentos de diversas gravidades no último dia, elevando para 90.996 o total de feridos desde outubro. Estes dados não levam em conta os quase 10 mil corpos que permanecem nos escombros do enclave devastado, segundo lembra diariamente a pasta de Saúde palestina.  Na manhã de hoje (30), o Exército israelense anunciou sua retirada de Khan Younis, no sul da Faixa, onde durante oito dias manteve uma ofensiva após a qual os serviços da Defesa Civil local afirmam ter resgatado cerca de 300 corpos, “dos quais grande parte se encontrava em decomposição”.

Além disso, o governo de Gaza afirma que 31 pessoas continuam desaparecidas após a ofensiva, enquanto as equipas de resgate continuam a procurar corpos entre os restos das quase 320 casas que o Exército bombardeou esta semana.   “No âmbito das operações do Exército no centro de Gaza, as tropas estão realizando incursões, matando milicianos e desmantelando as suas infraestruturas”, afirmaram as Forças Armadas israelenses em comunicado divulgado nesta terça-feira. Nas últimas horas, e como resultado destas operações no coração do enclave, os meios de comunicação e as autoridades palestinas relataram pelo menos dois ataques contra os campos de refugiados de Bureij e Nuseirat. Foi contabilizado nove mortes em Bureij, após um ataque aéreo israelense, cujos corpos foram levados para o Hospital Al Awda em Nuseirat, segundo a agência de notícias palestina “Wafa”.

No domingo (28), o Exército ordenou a evacuação deste campo de refugiados, tal como fez antes com Khan Younis, obrigando milhares de pessoas a deslocarem-se para a “zona humanitária” de Al Mawasi, onde milhares de pessoas estão amontoadas à beira-mar em condições humanitárias precárias.

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A ordem veio depois que os militares israelenses registraram o lançamento de foguetes por parte dos milicianos a partir deste território. A menos de dois quilômetros de distância, na entrada do acampamento vizinho de Nuseirat, outro bombardeio israelense matou mais 12 pessoas, segundo os serviços de Defesa Civil. Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza continua a preocupar os seus residentes e as organizações internacionais, especialmente depois de o Ministério da Saúde ter declarado ontem a Faixa de Gaza como uma “zona epidêmica de poliomielite”.  Por sua vez, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA na sigla em inglês) advertiu para a propagação de outra doença: a hepatite, cujos centros médicos registram entre 800 e 1.000 casos semanais, totalizando quase 40.000 desde o início da guerra.

*Com informações da EFE

Publicado por Marcelo Bamonte

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