Obama pede ‘esforços redobrados’ contra discriminação após decisão da Suprema Corte dos EUA

Programa de cotas raciais e procedimentos de admissão nos campi universitários com base na cor da pele ou na origem étnica dos candidatos foi encerrado nesta quinta-feira, 29

  • Por Jovem Pan
  • 30/06/2023 05h36 - Atualizado em 30/06/2023 05h38
SUSAN WALSH/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO barack obama Ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o único mandatário negro do país

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o único mandatário negro do país, pediu nesta quinta-feira, 29, “esforços redobrados” contra a discriminação após a decisão da Suprema Corte que encerrou o programa de cotas raciais nas universidades. Em mensagem no Twitter, Obama reconheceu que a ação “nunca foi uma resposta completa na luta por uma sociedade mais justa”. Obama observou que a política permitiu que gerações de estudantes que haviam sido “sistematicamente excluídos” das principais instituições educacionais do país, inclusive ele próprio, tivessem a oportunidade de demonstrar que “merecem um lugar à mesa”. “Em luto pela recente decisão da Suprema Corte, é hora de redobrar nossos esforços”, declarou o ex-presidente, que também postou a mensagem que sua esposa havia publicado horas antes, criticando a decisão assim que ela se tornou conhecida. A vice-presidente do país, Kamala Harris, pediu que o trabalho seja feito “com mais urgência do que nunca para garantir que todos os jovens tenham a oportunidade de prosperar”. Harris expressou que a decisão da Suprema Corte é um “retrocesso” para o país, pois “restabelece” um precedente que tornará muito “mais difícil” para os alunos de minorias terem acesso a “oportunidades que lhes permitam atingir seu pleno potencial”. O fato foi criticado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que disse “discordar veementemente da decisão da Suprema Corte, que entendeu mal a ação afirmativa”. Biden pediu às universidades que continuem a garantir a diversidade racial entre seus alunos, apesar da decisão da Suprema Corte.

*Com informações da EFE.

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