Ofensiva paramilitar russa reivindica a tomada da cidade ucraniana de Bakhmut
Prefeitura e centro da região foram tomados pelo grupo Wagner; luta por Bakhmut é a batalha mais longa da ofensiva da Rússia contra a Ucrânia
O líder do grupo paramilitar russo Wagner reivindicou na noite deste domingo, 2, a tomada “legal” de Bakhmut, no leste da Ucrânia. Yevgeny Prigozhin afirmou que o prédio administrativo da cidade estava sob controle de Moscou. “No sentido legal, Bakhmut foi tomada. O inimigo está concentrado nas áreas ocidentais”, afirmou Prigozhin em seu canal no Telegram. Em um vídeo que acompanhou a postagem, Prigozhin pode ser visto segurando a bandeira russa com uma inscrição em homenagem ao blogueiro militar russo Vladlen Tatarsky, que foi morto neste domingo em um ataque a bomba em um café em São Petersburgo. “Os comandantes das unidades que tomaram a prefeitura e todo o centro vão hastear esta bandeira. Esta é a companhia militar privada Wagner, esses são os caras que tomaram Bakhmut. Legalmente, é nossa”, afirmou.
Contudo, o exército ucraniano contestou a informação e declarou que “ainda mantém” Bakhmout. “O inimigo não parou seu ataque a Bakhmout. No entanto, os defensores ucranianos defendem bravamente a cidade, repelindo numerosos ataques inimigos”, postou o Estado-Maior ucraniano em sua página no Facebook horas antes do grupo Wagner afirmar controlar a prefeitura. Em 20 de março, Prigozhin reivindicou o controle de 70% da cidade pelas unidades do grupo Wagner. A luta por Bakhmut é a batalha mais longa da ofensiva russa na Ucrânia. As forças russas e ucranianas investiram pesadamente em sua luta por Bakhmut, embora analistas vejam a cidade como tendo pouco valor estratégico. A Ucrânia diz que a batalha por essa cidade industrial é a chave para manter as forças russas sob controle ao longo de toda a frente oriental.
*Com informações da agência AFP
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.