Olaf Sholz anuncia novo ministro das Finanças, e Alemanha caminha para novas eleições

A saída de Christian Lindner, anunciada na quarta-feira (6), levou ao colapso da coalizão de governo e abriu caminho para um pleito antecipado

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2024 08h14
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Odd Andersen/AFP O chanceler alemão Olaf Scholz (C) chega ao lado do ministro da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck (E), e do assessor do chanceler, Joerg Kukies, para uma reunião semanal do gabinete alemão O chanceler alemão Olaf Scholz (C) chega ao lado do ministro da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck (E), e do assessor do chanceler, Joerg Kukies, para uma reunião do gabinete alemão

O chanceler alemão Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), nomeou Jörg Kukies como novo ministro das Finanças nesta quinta-feira (7), após demitir Christian Lindner, do Partido Liberal (FDP). A saída de Lindner, anunciada na quarta-feira (6), levou ao colapso da coalizão de governo e abre caminho para eleições antecipadas, previstas para o início de 2025. Kukies, de 56 anos, é conselheiro de Scholz e possui vasta experiência em assuntos econômicos. Sua nomeação ocorre em meio a uma grave crise industrial na Alemanha, que preocupa também o restante da Europa. Além disso, há apreensão com os impactos econômicos e de segurança que podem surgir com a recente eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

O colapso da coalizão entre social-democratas, verdes e liberais reflete divergências sobre políticas econômicas: enquanto o SPD defende investimentos públicos para impulsionar a economia, o FDP prioriza cortes de gastos e austeridade fiscal. Com o rompimento, os conservadores, liderados pela União Democrata-Cristã (CDU), pressionam por uma moção de confiança no Parlamento, para acelerar o processo eleitoral.

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Friedrich Merz, líder da CDU, afirmou que não há motivos para aguardar até janeiro para discutir a confiança no governo, como sugerido por Scholz. Após a demissão de Lindner, a maioria dos ministros liberais deixou o governo, com exceção de Volker Wissing, ministro dos Transportes, que optou por permanecer no cargo, mas anunciou sua saída do FDP.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira

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