OMS espera que Israel e Hamas respeitem pausas humanitárias para vacinação de crianças
As pausas humanitárias não representam um cessar-fogo e durarão oito horas por dia; para a vacinação, serão instalados 392 postos fixos e 300 móveis
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (30) esperar que Israel e Hamas respeitem plenamente o acordo que têm com a organização para que haja pausas humanitárias nos combates e que possa ser realizada uma campanha urgente de vacinação contra a poliomielite em Gaza. “Temos um acordo e esperamos que todas as partes o cumpram. As equipes estão prontas para prosseguir”, disse o representante da OMS, Rik Peeperkorn. A primeira fase desta campanha terá início amanhã e durará três dias consecutivos, primeiro no centro da Faixa de Gaza, para depois avançar nas mesmas condições para sul e finalmente para norte, com possibilidade de se prolongar por mais um dia nas áreas que não puderam ser cobertas.
As pausas humanitárias não representam um cessar-fogo e durarão oito horas por dia. Para a vacinação serão instalados 392 postos fixos e 300 móveis para chegar às famílias com problemas de mobilidade, em uma tarefa em que participarão 2.180 agentes de saúde e comunitários devidamente formados e para os quais a OMS solicitou total segurança. Chegaram a Gaza 1,26 milhão de doses da vacina oral (duas gotas nesta primeira fase de imunização), bem como os equipamentos para garantir a cadeia de frio, com o objetivo de imunizar 640 mil crianças menores de 10 anos e atingir 90% de cobertura para travar o atual surto de pólio.
Peeperkorn destacou que dentro de um mês deverá ser realizada a segunda fase desta campanha para fornecer uma segunda dose às crianças. Por outro lado, o representante da OMS lamentou mais uma vez os impedimentos para esta organização transportar suprimentos vitais para os hospitais que continuam funcionando em Gaza. Ele indicou que foi solicitada autorização para seis missões de entrega de combustível e medicamentos na última semana a determinados hospitais, mas Israel aprovou apenas duas.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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