OMS: pandemia terá fim quando 70% da população mundial for vacinada

A estimativa foi feita pela cientista-chefe da entidade, Soumya Swaminathan; Departamento de Imunizações defende que profissionais da saúde e grupos de risco devem ter prioridade na imunização

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2020 18h15
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil A vacina contra a Covid-19 está sendo desenvolvida em 200 laboratórios de diversos países do mundo

Nesta quarta-feira, 11, a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, afirmou que aproximadamente 70% da população mundial deve ser imunizada para garantir o fim da pandemia de coronavírus. No entanto, a entidade determinou que a meta para 2021 é de que apenas 20% das pessoas recebam uma futura vacina contra a Covid-19, sendo que a prioridade são os trabalhadores da área da saúde e os indivíduos que pertencem aos grupos de risco. “A coisa certa e inteligente a fazer é garantir que as vacinas sejam levados para aqueles que mais precisam delas”, ressaltou a chefe do Departamento de Imunização da OMS, Kate O’Brien.

Os cálculos e as estimativas foram feitos sem considerar a eficácia das vacinas, que ainda estão em desenvolvimento em 200 laboratórios de diversos países do mundo. De todos esses projetos, cerca de 40 já estão realizando ensaios clínicos em humanos, sendo que dez destes estão em sua fase final. Swaminathan explicou que a velocidade recorde no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 é uma consequência desse esforço conjunto da comunidade científica internacional. Até agora, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas contraíram a doença em todo o globo.

O’Brien também ressaltou a importância da Covax para a imunização equitativa nos países em desenvolvimento, que em geral não possuem pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina própria. Segundo ela, são necessários US$ 20 bilhões para financiar alguns dos laboratórios ativos em troca de doses para as nações emergentes. “Embora pareça muito dinheiro, o que se perde a cada dez dias no comércio e no turismo no mundo agora é de cerca de 35 bilhões de dólares”, comparou a cientista canadense.

*Com informações da EFE

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