ONU encerrará operações na Faixa de Gaza na quarta-feira 

Falta de combustível impede que UNRWA, agência de refugiados, continue realizando suas atividades; há mais de um milhão de deslocados internos 

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2023 14h13 - Atualizado em 24/10/2023 15h33
MAHMUD HAMS/AFP refugiados-palestinos-fogem-da-faixa-de-gaza-MAHMUD HAMS-AFP Palestinos se deslocam para o sul da Faixa de Gaza após ordem de Israel para abandonarem a região em 24h

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) vai encerrar suas operações na Faixa de Gaza na quarta-feira, 25. “Se não obtivermos combustível com urgência, seremos obrigados a interromper as nossas operações na Faixa de Gaza a partir de amanhã à noite”, afirmou a agência na plataforma X (antigo Twitter), no 18º dia de guerra entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas na Faixa de Gaza. O enclave palestino está em crise humanitária desde o começo da guerra, quando Israel impôs cerco total na região. No domingo, 22, quando o segundo comboio de ajuda humanitária entrou na região, foram disponibilizados seis tanques de combustível para ajudar no funcionamento de hospitais que estão sendo afetados pela falta de energia e correm o risco de parar de funcionar.

A ONU calcula que seriam necessários ao menos 100 caminhões diários para atender às necessidades de todos os habitantes de Gaza. Israel exita em mandar combustível para a reunião por alegar que eles podem ser utilizados como arma pelo Hamas, grupo que atacou seu território em 7 de outubro e desencadeou uma guerra no Oriente Médio que já deixou mais de 7.000 mortos, sendo a maior parte em Gaza. São 5.791, incluindo 2.055 crianças, e 1.400 vítimas fatais em Israel. No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tinham concordado em continuar fornecendo ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Os líderes afirmaram que haveria um fluxo contínuo para Gaza da assistência crucial para a população Palestina, ressaltou a Presidência americana, mas não falaram nada sobre o envio de combustíveis.

 

 

 

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