Inação do Conselho de Segurança da ONU no conflito do Oriente Médio é ‘imperdoável’, diz ministro palestino

Riyad al-Maliki afirmou que o órgão tem o dever de deter Israel pelos ‘massacres cometidos’  e criticou a falta de aprovação do projeto de resolução da guerra

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2023 14h07
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David Dee Delgado / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP Riyad al-Maliki O Ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina, Riyad al-Maliki, discursa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas

A inação do Conselho de Segurança da ONU, que não conseguiu chegar a uma posição comum sobre a guerra entre Israel e o Hamas, é “imperdoável”, declarou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, nesta terça-feira, 24. Após denunciar os “massacres (…) cometidos por Israel”, Al-Maliki afirmou que o Conselho de Segurança “tem o dever de detê-los”. “O fracasso do Conselho de Segurança é imperdoável”, acusou ele, em um debate neste fórum sobre a situação palestina, liderado pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, cujo país preside a organização em outubro. “A sua consciência humana não está ferida pelos crimes da ocupação israelense durante 56 anos de ocupação colonial, ou pelos assassinatos terroristas, pela destruição e pela fome a que a população palestina está submetida hoje?”, acrescentou.

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU, regularmente dividido sobre a questão israelense-palestina, inicialmente rejeitou um projeto de resolução russo que apelava a um “cessar-fogo humanitário”. Apenas cinco dos 15 Estados-membros do Conselho apoiaram este texto, que condenava “toda a violência contra civis e todos os atos terroristas”, mas não mencionava o Hamas, o que era inaceitável para os Estados Unidos, Reino Unido e França. Um segundo projeto de resolução, elaborado pelo Brasil, que exerce a presidência do Conselho em outubro, foi bloqueado pelo veto dos EUA. Washington criticou o texto por não mencionar o “direito de Israel de se defender”, enquanto 12 países votaram a favor. Uma terceira resolução, elaborada pelos americanos, está circulando entre os Estados-membros, segundo fontes diplomáticas. O texto, ao qual a AFP teve acesso, afirma “o direito de todos os Estados à autodefesa individual ou coletiva”.

*Com informações da agência AFP                

 

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