Opositora mexicana vai denunciar ‘competição desigual’ em eleições
Xóchitl Gálvez foi derrotada por Claudia Sheinbaum; governita alega que houve intervenção do governo durante a campanha
A candidata mexicana à presidência Xóchitl Gálvez, que perdeu as eleições para a esquerdista Claudia Sheinbaum, anunciou nesta segunda-feira (3) que apresentará “impugnações” contra as eleições pelo suposto uso da máquina pública em favor da sua rival. Em longa mensagem publicada na rede social X, a opositora, que ficou 30 pontos percentuais abaixo da candidata governista, reiterou que reconhece sua derrota e que confia na apuração das autoridades eleitorais, mas apontou uma suposta intervenção do governo durante a campanha. “Enfrentávamos uma competição desigual contra toda a máquina pública dedicada a favorecer a sua candidata. Apresentaremos as impugnações que o provam”, disse Gálvez. Após a apuração de 90% dos votos, segundo a plataforma do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Claudia Sheinbaum, 61, tinha 59%, 30 pontos percentuais mais do que a opositora, em segundo lugar.
Qualquer divergência nas eleições deve ser resolvida perante as entidades eleitorais, sendo o tribunal federal especializado na matéria a última instância que classifica a validade das eleições. “Isto não termina aqui. O equilíbrio e a divisão de poderes seguem em risco”, acrescentou a candidata, ao ressaltar a necessidade de “defender o México do autoritarismo e do mau governo”. Gálvez não detalhou se as impugnações da oposição vão se concentrar nas eleições presidenciais ou se estender à votação para o Congresso bicameral e cargos locais. Representante de uma frente de partidos tradicionais, a candidata também mencionou uma suposta influência do crime organizado no processo eleitoral. “Todos nós percebemos como o crime organizado se fez presente ameaçando e até assassinando dezenas de candidatos”, ressaltou.
*Com informações da AFP
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