Orbán se reúne com Zelensky e pede que ucraniano considere um ‘cessar-fogo’ para acelerar as negociações de paz

Essa foi a primeira vez que o premiê da Hungria visitou a Ucrânia desde o começo da guerra, em fevereiro de 2022; húngaros questionam a assistência financeira europeia à Kiev

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2024 17h37
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EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO orban e zelensky Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban apertam as mãos em encontro em Kiev

O primeiro-ministro húngaro e atual presidente do Conselho da União Europeia, Viktor Orbán, pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que considere a possibilidade de um “cessar-fogo” na guerra com a Rússia. “Pedi ao presidente que considere a possibilidade de um cessar-fogo rapidamente, que estaria limitado no tempo e permitiria acelerar as negociações de paz”, declarou o líder nacionalista, o único na UE próximo do Kremlin. Essa foi a primeira vez que ele visitou a Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. As “iniciativas” do presidente ucraniano “levam muito tempo, são lentas e complicadas devido às regras da diplomacia internacional”, argumentou o dirigente húngaro. Orbán, cujo país acaba de assumir a presidência semestral da UE, questiona a assistência financeira europeia à Ucrânia, vital para o país enfrentar a invasão russa. No início do ano, ele vetou uma ajuda de 50 bilhões de euros (53 bilhões de dólares, 298 bilhões de reais) que foi aprovada alguns meses depois.

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Zelensky não reagiu de imediato à proposta de Orban, mas em seu discurso diário “convidou a Hungria e o primeiro-ministro Orban a se unirem aos esforços implementados” para organizar uma nova cúpula sobre a paz na Ucrânia, após o encontro de junho na Suíça. O ucraniano já tinha rejeitado firmemente a ideia de uma trégua com a Rússia e insiste na importância de uma “paz justa” para seu país. Kiev considera que a retirada das tropas russas de seu território é um requisito prévio para a paz, enquanto a Rússia afirma que Kiev deve ceder cinco regiões e desistir de entrar para a Otan. Orban, nacionalista e eurocético, está no poder desde 2010 e era contra a entrada da Ucrânia na UE por julgar que o país não estava pronto. Em dezembro do ano passado abandonou a mesa durante uma cúpula dos 27 países da UE, o que permitiu aos 26 restantes iniciar as negociações de adesão com Kiev.

Questionado sobre a viagem de Orban à Ucrânia, o Kremlin respondeu que não esperava “nada” dele. Mas o porta-voz russo Dmitri Peskov descreveu o húngaro como um homem que “defende firmemente os interesses de seu país”. Ao húngaro, Zelensky pediu a manutenção “a um nível suficiente” da assistência militar da Europa a Kiev. Nesta terça, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda de defesa para a Ucrânia no valor de 2,3 bilhões de dólares (R$ 12,8 bilhões).

*Com informações da AFP

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