Organização Meteorológica Mundial emite alerta sobre ano de 2024 ser um dos mais quentes da história
A previsão é de que ocorram eventos climáticos extremos intensificados, tais como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, emitiu um alerta preocupante sobre as condições climáticas para o ano de 2024. De acordo com a organização, este pode ser um dos anos mais quentes da história, superando até mesmo o ano anterior, 2023. A previsão é de que ocorram eventos climáticos extremos intensificados, tais como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações. Essa situação é agravada pela presença do chamado “super El Niño”, que está previsto para durar até abril. O ano de 2023 já registrou recordes de temperatura, associados a ondas de calor, chuvas intensas e inundações, que foram atribuídos à mudança climática pela OMM. O último Relatório Síntese sobre Mudança Climática do IPCC, divulgado no ano passado, também trouxe preocupações significativas. Segundo o relatório, a superfície global da terra aumentou 1,1 grau Celsius entre 2011-2020 em relação ao período de 1850-1900. Além disso, é previsto um aumento adicional de 1,5 grau Celsius na temperatura global na primeira metade da próxima década.
Os pesquisadores alertam que será extremamente difícil controlar o aumento da temperatura para 2 graus Celsius, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris. Caso isso não seja alcançado, haverá um agravamento da insegurança alimentar e hídrica, mudanças irreversíveis em ecossistemas e impactos significativos na biodiversidade e em populações específicas. Francisco Higuchi, CEO da certificadora brasileira de créditos de carbono Tero Carbon, destaca a importância de intensificar os mecanismos de preservação da humanidade e do nosso modo de vida. Ele ressalta que, desde 2020, o relatório do IPCC enfatiza a impossibilidade de reverter a situação climática, sendo possível apenas mitigar os efeitos. Higuchi também observa que, durante a pandemia de Covid-19, houve uma redução significativa nas emissões de gases do efeito estufa, porém, isso não alterou a tendência de aumento da temperatura. Isso sugere que os efeitos atuais são resultado das emissões passadas.
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