Palestina receberá 5 mil doses da vacina contra a Covid-19 de Israel

O anúncio foi feito após o governo israelense ser criticado por não incluir os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza em sua campanha de imunização, que já alcançou um terço da população do país

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2021 10h46 - Atualizado em 02/02/2021 10h53
EFE/EPA/MOHAMMED SABER As mesquitas da cidade de Gaza, na Palestina, foram reabertas, mas fiéis devem usar máscaras e manter distanciamento

Israel entregará às autoridades da Palestina cinco mil doses da vacina contra a Covid-19, que servirão para imunizar os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus no estado que reivindica sua soberania sobre a Cisjordânia. O anúncio foi feito neste domingo, 31, pelo Ministério da Defesa de Israel após a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressar a sua preocupação em relação à disparidade da vacinação entre israelenses e palestinos que vivem na região da Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de direitos humanos também vinham defendendo, nas últimas semanas, que o governo israelense deveria se responsabilizar pelo bem-estar dos palestinos. Até então, Israel rebatia os argumentos dizendo que, de acordo com os acordos de paz provisórios assinados na década de 1990, não é responsável pelos palestinos e que, além disso, não tinha recebido nenhum pedido de ajuda. O primeiro lote com um total de 2 mil doses da vacina da Moderna foram entregues nesta segunda-feira, 1, à Palestina, que ainda não fez nenhum comentário oficial sobre a iniciativa de Israel.

A campanha de vacinação de Israel, que está sendo realizada com imunizantes da PfizerBioNTech e da Moderna, está sendo uma das mais rápidas e eficientes do mundo. O Ministério da Saúde afirma que quase um terço da população de 9,3 milhões de habitantes já recebeu a primeira dose, incluindo 1,7 milhões que já completaram a imunização. Até agora, a campanha incluiu os cidadãos árabes de Israel e os palestinos que vivem em Jerusalém, mas os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza vinham sendo excluídos. Nesse meio tempo, as autoridades da Palestina vinham tentando adquirir algumas doses por meio do Covax, programa da OMS que visa a distribuição de vacinas aos países mais necessitados, mas nada foi concretizado.

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