Paris e outras oito cidades da França terão toque de recolher

Assim como outros países da Europa, França está vendo o número de casos diários do novo coronavírus aumentar, o que fez com que Macron anunciasse novas medidas de contenção da epidemia

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2020 17h19
REUTERS/Charles Platiau Pessoas caminhando em Paris, na França, usando máscaras de proteção contra o coronavírus Moradores de Paris serão proibidos de sair de casa entre 21h e 6h; quem desrespeitar a regra poderá ser multado

Nesta quarta-feira (14), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um toque de recolher em nove cidades do país, incluindo a capital Paris. A medida, que valerá das 21h às 6h, será aplicada a partir do próximo sábado nas localidades que estão em estado de alerta máximo devido à pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, a medida terá duração de quatro semanas, mas pode ser prorrogada para seis se as autoridades julgarem necessário. “Precisamos adotar medidas mais rígidas. Estamos em uma situação preocupante”, afirmou Macron em seu pronunciamento.

Atualmente, a França está registrando uma média de 20 mil novas infecções por dia, além de um agravamento da situação hospitalar em diversas partes do país. O cenário é pior em Paris, onde 320 em cada 100 mil habitantes já testou positivo para a Covid-19. Ali, os infectados pelo novo coronavírus já ocupam 45% dos leitos de UTI. A situação vem se agravando por todo o país, apesar da obrigatoriedade do uso de máscaras, do fechamento dos bares e do rígido protocolo para os restaurantes.

A medida, que proíbe os franceses de ir a restaurantes, festas ou encontros com amigos depois de certa hora da noite, tem como objetivo baixar o número de casos diários para 4 mil a 5 mil. Para Macron, um novo confinamento geral da população seria desnecessário, enquanto o toque de recolher é uma medida mais “pertinente”. Haverá controles policiais e multas para os infratores, além de um sistema de autorizações especiais para quem realmente precise sair no período entre 21h e 6h.

*Com informações da EFE

 

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