Passagem para Gaza volta a ser fechada após caminhões levarem ajuda humanitária

Autoridades apontam que não há previsão para uma nova entrega de suprimento no enclave palestino e de quantos caminhões poderão entrar; suprimentos entregues foram apenas para auxílio médico

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2023 09h11
EFE/KHALED ELFIQI Faixa de Gaza Ajuda humanitária foi preparada com necessidades médicas e de socorro básicas  

As autoridades que administram a passagem fronteiriça de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, a fecharam neste sábado, 21, de ambos os lados depois de os 20 caminhões que levaram ajuda humanitária ao enclave concluírem o transporte, e não se sabe quando será reaberta, disseram à Agência EFE o presidente do Crescente Vermelho do Norte do Sinai, Khaled Said. Ele enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são “apenas ajuda médica”, que nenhuma das remessas incluía combustível e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda será feita ao enclave palestino e quantos caminhões poderão entrar. Ele afirmou brevemente que “não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros em Gaza” e que “nada se sabe ainda” sobre quando e como isso poderá ocorrer.

O Crescente Vermelho Egípcio anunciou em um comunicado que levou ajuda humanitária para a Faixa de Gaza hoje para entregar à Sociedade do Crescente Vermelho Palestino “em um grupo de caminhões como um segundo lote”, já que o primeiro foi entregue no último dia 9, antes de o bloqueio total da Faixa ordenado pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, entrar em vigor. “A ajuda foi preparada com necessidades médicas e de socorro básicas e com base nas necessidades do Crescente Vermelho Palestino”, diz a nota, que detalhou que a operação foi coordenada com agências estatais para facilitar a passagem dos caminhões da travessia de Rafah.

O vice-diretor do escritório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) nos territórios palestinos, Andrea De Domenico, admitiu à EFE que essa ajuda não será suficiente para os palestinos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, 1,4 milhão das quais, segundo essa agência da ONU, tiveram que deixar suas casas devido ao bombardeio israelense na parte norte da Faixa. De Domenico disse que há “negociações” entre as partes envolvidas para tornar a entrega de ajuda “sustentável” ao longo do tempo.
Do lado egípcio de Rafah, os voluntários disseram à EFE que nenhuma ambulância ou caminhão de combustível entrou no local e que a ajuda é fornecida pelo Crescente Vermelho egípcio e pelas ONGs que fazem parte da coalizão governamental Aliança Nacional para o Desenvolvimento Civil.

*Com informações da agência EFE

 

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