Peritos que analisam acidente aéreo em Cuba rebatem nota de companhia aérea

  • Por Agência EFE
  • 17/07/2018 17h17
Agência EFE "Qualquer afirmação sobre as possíveis causas que provocaram o fatal acidente é prematura. Continuamos nosso trabalho de acordo com o programa estabelecido e, assim que concluímos uma análise das evidências, informaremos sobre os resultados", destacou a comissão

A comissão que investiga as causas do acidente com o avião da companhia mexicana Global Air que caiu em Cuba em maio, matando 112 pessoas, rebateu nesta terça-feira (17) um comunicado divulgado pela empresa, afirmando que a queda foi provocada por uma “falha humana” dos pilotos.

O Boeing 737-200 operado pela Cubana de Aviacón caiu pouco depois de decolar do aeroporto internacional Jose Martí, em Havana. Apenas uma das 113 pessoas a borda sobreviveu ao acidente.

A comissão criada para determinar as causas da queda, comandada pelo Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba (IACC) e com participação de especialistas do México, da própria Boeing e de especialistas do México e da Europa, declarou em nota que um processo de investigação desta magnitude requer a análise de múltiplos fatores e que os trabalhos não foram concluídos.

“Qualquer afirmação sobre as possíveis causas que provocaram o fatal acidente é prematura. Continuamos nosso trabalho de acordo com o programa estabelecido e, assim que concluímos uma análise das evidências, informaremos sobre os resultados”, destacou.

Ontem, a Global Air, que foi proibida de operar pelas autoridades do México, divulgou um comunicado culpando os pilotos pela queda. Segundo a empresa, eles decolaram com um ângulo de subida muito acentuado, o que teria provocado o acidente.

O diretor-geral da companhia, Manuel Rodríguez, também acusou a Direção Geral de Aeronáutica Civil do México de ter realizado uma fiscalização ilegal na empresa.

O Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba informou que o enviou as caixas-pretas do avião para os Estados Unidos, onde o avião foi projetado e fabricado. Especialistas da Boeing irão analisá-las em laboratórios com equipamentos de tecnologia mais avançada.

A única sobrevivente foi a cubana Mailén Díaz Almaguer, de 19 anos, que está em estado crítico no hospital Calixto García, em Havana, devido a problemas respiratórios.

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