Premiê de Bangladesh desembarca na Índia depois de fugir do país, segundo imprensa local

Sheikh Hasina fugiu às pressas depois de semanas de protestos violentos e centenas de mortos; estudantes exigem o fim das cotas em empregos públicos para descendentes de veteranos da guerra

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2024 12h04 - Atualizado em 05/08/2024 12h17
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EFE/EPA/NARONG SANGNAK Bangkok (Tailândia), 26/04/2024.- (ARQUIVO) A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, faz uma declaração conjunta na Casa do Governo em Bangkok, Tailândia, 26 de abril de 2024 (reeditada em 5 de agosto de 2024). As autoridades de Dhaka impuseram um novo toque de recolher a partir das 18h00. hora local em 04 de agosto. À medida que o número de vítimas aumentava e a aplicação da lei lutava para conter os distúrbios, o governo do Bangladesh, em 20 de julho de 2024, impôs um recolher obrigatório inicial a nível nacional e enviou forças militares após o início da violência em Dhaka e noutras regiões, na sequência de protestos liderados por estudantes que exigiam reformas na quota de emprego do governo. sistema. (Protestas, Tailândia) EFE/EPA/NARONG SANGNAK Hasina anunciava um toque de recolher que começava ás 18h (horário local)

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, aterrissou nesta segunda-feira (05) em um aeroporto da Índia depois de ter sido forçada a renunciar ao cargo e a fugir de seu país, após várias semanas de violência nas ruas durante protestos estudantis que deixaram mais de 300 mortos.
“A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, pousou na base aérea de Hindon em uma aeronave C-130”, informou a agência de notícias indiana “ANI”, citando fontes oficiais que disseram que o avião “foi monitorado pela Força Aérea da Índia e pelas agências de segurança desde a sua entrada no espaço aéreo indiano”.

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O aeroporto de Hindon está localizado nos arredores de Nova Delhi.
Hasina renunciou ao cargo de primeira-ministra e deixou o Bangladesh nesta segunda-feira, após semanas de protestos estudantis, segundo afirmou o chefe do Exército bengalês, Waker-Uz-Zaman, que em seguida anunciou a formação de um governo interino. Milhares de pessoas concentraram-se hoje em frente à residência oficial da primeira-ministra em Daca. Depois que a notícia de sua renúncia se tornou pública, muitos deles entraram no prédio, segundo mostraram imagens de televisão.

Os manifestantes saíram às ruas apesar do toque de recolher obrigatório ordenado pelo governo na noite passada, em resposta a um dia de violência devido aos protestos estudantis que começaram de forma pacífica há cinco semanas, mas que acabaram se tornando violentos devido a queixas sobre a dura repressão policial.

Os protestos estudantis começaram reivindicando o fim das cotas de emprego público que consideram discriminatórias em um dos países mais pobres do mundo, mas acabaram por exigir a renúncia de Hasina e do seu governo após a morte dos manifestantes.
Hasina assumiu o seu quarto mandato consecutivo no último mês de janeiro, depois de vencer sem dificuldades as eleições que foram boicotadas pela oposição.

*Com informações da EFE

Publicado por Fernando Keller

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