Presidente de Portugal antecipa eleições após renúncia de primeiro-ministro

Marcelo Rabelo de Sousa anunciou de dissolverá o Parlamente e que portugueses vão ter que ir às urnas no dia 10 de março de 2024

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2023 17h56
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MARIO CRUZ / AFP presidente de portugal Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, faz uma declaração após a reunião do Conselho de Estado no Palácio de Belém, em Lisboa

Após dois dias da renúncia do primeiro-ministro de Portugal, o presidente português, Marcelo Rabelo de Sousa, antecipou as eleições no país para 10 de março. O chefe de Estado anunciou de dissolverá o Parlamente e convocará eleições para resolver a crise política causada pela renúncia do premiê, António Costa, envolvido em um escândalo de corrupção. “Opto pela dissolução da Assembleia da República (Parlamento) e pela convocação de eleições em 10 de março de 2024”, disse o presidente português dois dias depois de Costa renunciar devido a uma investigação por suposta prevaricação, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência em negócios nos setores de lítio e hidrogênio. A decisão de Sousa vem após dele convocar o Conselho de Estado, um órgão consultivo, para uma reunião nesta quinta-feira,  9, para examinar a situação política no país. Ele tinha como opção dissolver o Parlamento e convocar eleições, o que ele apostou, ou convidar algum político para formar um governo.

Na quarta-feira, Rebelo de Sousa recebeu membros dos partidos com representação no Parlamento, como manda a Constituição. As principais legendas da oposição, de esquerda e de direita, manifestaram-se a favor da convocação de eleições. A possível dissolução do Parlamento já tinha sido anunciada pelo presidente português depois das últimas eleições legislativas, em janeiro de 2022, quando advertiu que uma eventual saída de António Costa levaria à dissolução do Parlamento, lembra a analista. António Costa, um dos poucos socialistas à frente de um governo europeu, entregou o cargo na terça-feira, 7. O caso de corrupção que o envolve se refere a suspeitas de “malversação, corrupção ativa e passiva de titulares de cargos políticos e tráfico de influência” e será investigado, informou o Ministério Público. Depois de vencer por maioria absoluta em janeiro de 2022, Costa viu sua popularidade cair, desde então, devido a repetidos escândalos.

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