Presidente do Líbano diz não descartar bomba em explosão no porto de Beirute
Investigações seguem em andamento; 16 pessoas já foram detidas
O presidente do Líbano, Michel Aoun, afirmou nesta sexta-feira, 7, que ainda não estão determinadas as causas da explosão de 2,75 toneladas de nitrato de amônio no porto de Beirute, três dias atrás, e não descartou uma ação externa. “Não estão especificados os motivos da explosão, há a possibilidade de uma intervenção externa, mediante um míssil, bomba ou qualquer outro ato”, garantiu o chefe de governo à imprensa local.
Aoun ainda anunciou ter pedido para o presidente da França, Emmanuel Macron, que ceda fotos aéreas da região do porto de Beirute, da última terça-feira, para tentar identificar as causas da tragédia, que matou 154 pessoas, de acordo com último balanço. “Se os franceses não tiverem a informação, vamos pedir para outra fonte”, disse o chefe de governo do Líbano. Ainda de acordo com números oficiais, foram mais de 5 mil feridos em decorrência da explosão, sendo que 120 estão hospitalizados em estado considerado crítico.
O presidente libanês explicou que a investigação buscará determinar as condições em que estava armazenado o fertilizante e se a deflagração aconteceu por negligência, acidente ou outra causa. Até o momento, 16 pessoas seguem em regime de prisão preventiva domiciliar, entre elas, o diretor do porto de Beirute, Hasan Koraytem, como parte das investigações sobre a explosão de cerca de 3 mil toneladas de nitrato de amônio nas instalações. Uma fonte das forças armadas libanesas, que pediu para se manter anônima, explicou que há um número maior do que 16 pessoas sendo averiguadas, no procedimento que pretende determinar as causas e responsabilidades pela tragédia.
*Com Agência EFE
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