Presidente do Líbano mobiliza exército e convoca reunião de emergência após explosão em Beirute
Michel Aoun também determinou que o Ministério da Saúde local conceda tratamento gratuito aos feridos e forneça abrigo a todos que tiveram residências afetadas pela explosão
O presidente do Líbano, Michel Aoun, convocou o Conselho Supremo de Defesa do país para uma reunião de emergência no Palácio Baabda, sede do governo local, após a explosão ocorrida na região portuária de Beirute nesta terça-feira, 04. O chefe de Estado também ordenou que as Forças Armadas realizem patrulhas nas áreas mais afetadas pela explosão e pediu para que o exército trabalhe para “tratar as consequências da grande explosão e patrulhar as áreas do desastre para manter a segurança”. Além disso, Aoun determinou que o Ministério da Saúde local conceda tratamento gratuito aos feridos e forneça abrigo a todos que tiveram residências afetadas pela explosão.
De acordo com a agência de notícias local ANN, um incêndio foi iniciado perto de um armazém de trigo e se propagou, o que provocou a detonação, que acabou sendo sentida em toda a cidade e arredores. Informações do canal LBC, por sua vez, citam um depósito de fogos de artifício que teria inflamado a explosão. Ainda há a especulação sobre a possibilidade de ter sido um atentado terrorista. O ministro da Saúde local, Hamad Hassan, afirmou que a explosão deixou um “grande número de feridos”.
O governador de Beirute, Marwan Abboud, chorou ao falar sobre o incidente. Em entrevista à Sky News, Abboud não conteve as lágrimas, disse que metade do município foi atingida e chegou a comparar o incidente aos atentados com bomba atômica às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. “Parece o que aconteceu no Japão, em Hiroshima e Nagasaki. Isso é o que me lembra. Em toda a minha vida nunca vi uma destruição nesta escala”, disse o governador, aos prantos.
O Líbano vive a expectativa de que seja revelado, na próxima sexta-feira, 07, o veredito de julgamento de quatro homens, ligados ao Hezbollah, acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, que aconteceu em 2005. A morte de Hariri acabou originando uma onda de protestos no país que culminou com a retirada das tropas sírias do território libanês.
*Com informações da Agência EFE
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