Presidente ucraniano: ‘Esperamos que o Irã leve os responsáveis à Justiça’

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2020 11h58 - Atualizado em 11/01/2020 11h59
EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH Irã admitiu neste sábado ter sido o responsável pela queda do Boeing 737

O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, disse neste sábado (11) que espera do Irã uma “admissão total de culpa” por abater o avião ucraniano com 176 pessoas a bordo, além de levar os responsáveis à Justiça e determinar o pagamento de uma indenização.

“A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste na confissão total de culpa. Esperamos que o Irã leve os responsáveis à Justiça, devolva os corpos, pague uma indenização e emita um pedido oficial de desculpas. A investigação deve ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos”, disse no Twitter.

Zelenski respondeu ao reconhecimento das Forças Armadas iranianas de que derrubaram o Boeing 737 “involuntariamente e por erro humano”, após dois dias negando essa hipótese levantada por vários países.

Evgeny Dykhne, diretor da companhia aérea Ukraine International Airlines (UIA), à qual pertencia o avião que foi abatido, disse que não duvidava de “nem um segundo” da tripulação, nem acreditava que qualquer falha no avião pudesse ter causado a tragédia.

Segundo Teerã, o erro ocorreu ao fato de que “naquela situação delicada e de crise, o Boeing 737 estava localizado perto de um centro militar dos Guardiões da Revolução Islâmica com uma altitude e posição de voo de um alvo inimigo”.

As Forças Armadas explicaram que, após as ameaças do presidente Donald Trump e dos comandantes americanos de “atacar vários locais no território da República Islâmica no caso de uma operação recíproca, eles estavam no mais alto nível de alerta”.

Pouco antes da queda do avião ucraniano, o Irã havia realizado um ataque com mísseis contra uma base aérea no Iraque que abriga tropas americanas, em vingança pelo assassinato, dias antes, do general Qasem Soleimani em um bombardeio dos EUA.

As especulações às causas da queda da aeronave começaram no mesmo dia do incidente e assumiram um tom oficial quando o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse na quinta-feira que seu governo tinha informações de que o Boeing 737 foi atingido por “um míssil terra-ar iraniano”.

O avião caiu ao sul de Teerã, pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional Imam Khomeini com destino a Kiev.

*Com EFE

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