Primeiro-ministro do Iraque diz que exército do país ‘está mais forte’

Neste domingo (4), o Parlamento iraquiano aprovou a retirada de tropas estrangeiras de todo território nacional, incluindo os Estados Unidos, que realizaram um ataque na última sexta-feira que resultou na morte do general Qasem Soleimani, do Irã

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2020 14h51 - Atualizado em 06/01/2020 14h57
Agência Brasil Premiê iraquiano, Adel Abdel Mahdi

O primeiro-ministro interino do Iraque, Adel Abdel Mahdi, afirmou nesta segunda-feira (6) que, em meio à crise instaurada pelo acirramento das tensões no Oriente Médio, o exército do país está “cada vez mais fortalecido”.

“Se recordarmos hoje essas dificuldades, confirmamos que o exército iraquiano é mais forte do que antes e tem uma experiência suficiente e necessária”, explicou o chefe de governo, durante ato pelo 99º aniversário da formação atual da força militar.

Neste domingo (5), o Parlamento do Iraque aprovou uma moção pela retirada de tropas estrangeiras do território nacional, principalmente, devido à presença dos Estados Unidos, que realizou ataque em Bagdá e matou o general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds, divisão de elite da Guarda Revolucionária iraniana.

“São circunstâncias críticas, e enfrentamos duros desafios”, disse Abdel Mahdi, que renunciou do cargo em 29 de novembro, devido aos protestos que acontecem pelo país, contra a corrupção, o desemprego e ao sectarismo.

O primeiro-ministro, inclusive, garantiu que o exército local não deve ser uma “ferramenta de repressão, nem de intervenção em assuntos políticos”.

Ainda neste domingo, o Parlamento aprovou uma moção de censura que solicita que o governo faça o trâmite para a saída de tropas estrangeiras do país e que cobra a anulação da petição de ajuda da coalização internacional para lutar contra o Estado Islâmico.

Atualmente, as tropas regulares iraquianas integram as milícias xiitas pró-governamentais Forças de Mobilização Popular (FMP), cujo grupo Kata’ib Hezbollah é acusado pelos Estados Unidos de realizar ataque contra focos de interesse do país no Iraque.

*Com informações da EFE

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