Prisioneiros libertados por Ocidente em troca com Rússia chegam à Alemanha

Dois aviões chegaram ao país vindos de Ancara, na Turquia, com a maioria dos 16 a bordo

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2024 23h17
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EFE/EPA/CHRISTOPH REICHWEIN / POOL EPA-EFE/CHRISTOPH REICHWEIN / POOL O chanceler alemão, Olaf Scholz, fala à mídia após receber os prisioneiros trocados quando eles chegaram em uma aeronave à seção militar do Aeroporto de Colônia-Bonn, em Colônia, Alemanha, em 1º de agosto de 2024. Em um momento de grande tensão, a Rússia e o Ocidente trocaram prisioneiros , incluindo norte-americanos, cidadãos alemães, proeminentes opositores do Kremlin e o chamado assassino de Tiergarten preso na Alemanha. Uma operação de troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA e os seus aliados ocidentais foi realizada em Ancara, sob a coordenação da Organização Nacional de Inteligência (MIT), para 26 pessoas detidas em prisões em 7 países diferentes. Entre os prisioneiros estão o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich e o veterano da Marinha Paul Whelan. Foi a maior troca de prisioneiros desde os tempos da Guerra Fria chanceler Olaf Scholz os recebeu pessoalmente os 16 prisioneiros

Os prisioneiros libertados pelo Ocidente em uma troca com a Rússia nesta quinta-feira (1º) chegaram ao aeroporto da cidade de Colônia, na Alemanha, onde o chanceler Olaf Scholz os recebeu pessoalmente. Dois aviões chegaram à Alemanha nesta noite, vindos de Ancara, na Turquia, com a maioria dos 16 prisioneiros libertados a bordo. Apenas um pequeno grupo de prisioneiros recém-trocados voou diretamente para os Estados Unidos. Várias dezenas de pessoas estavam esperando do lado de fora do aeroporto para encontrar os prisioneiros políticos trocados. O chanceler alemão interrompeu suas férias para dar as boas-vindas aos prisioneiros libertados. “Este é um momento especial para mim”, disse ele à imprensa presente no aeroporto.

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“Foi muito emocionante, muitas pessoas não esperavam que isso acontecesse agora”, acrescentou.

Scholz entregou na troca para a Rússia a pedido dos EUA o agente russo Vadim Krasikov, condenado no final de 2022 à prisão perpétua por um tribunal alemão após assassinar um cidadão georgiano de ascendência chechena em um parque de Berlim em 2019, uma decisão “difícil”, como ele reconheceu.

O presidente dos EUA, Joe Biden, queria garantir a libertação do repórter do jornal The Wall Street Journal Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro naval Paul Whelan, mas o Kremlin insistiu que, para fechar a troca, a Alemanha teria que incluir Krasikov, algo que Scholz havia rejeitado inicialmente.

Scholz agradeceu aos outros países europeus, como Eslovênia e Noruega, pela contribuição para a libertação dos prisioneiros e enfatizou que a troca aprofundou ainda mais a amizade entre Alemanha e EUA.

Ele disse que foi a “decisão certa” entregar Krasikov ao Kremlin. “E se havia alguma dúvida, ela se dissipa depois de conversar com aqueles que agora estão livres”, explicou.

“Somos uma sociedade que se caracteriza por seu humanismo, pela ideia de liberdade individual e democracia, e o fato de que aqueles que têm de temer pela vida porque defenderam a democracia e a liberdade também podem contar com a proteção de outros faz parte de nossa imagem como uma sociedade democrática e humanista”, enfatizou.

Entre os prisioneiros libertados que desembarcaram em Colônia estava o cidadão alemão Rico Krieger, que foi perdoado na terça-feira pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, depois de ter sido condenado à morte em Belarus por, entre outras acusações, crimes de terrorismo, junto com outros quatro cidadãos.

De acordo com a lista de pessoas perdoadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, as famílias dos libertados e o vídeo da troca divulgado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), os outros quatro cidadãos trocados são os russo-alemães Kevin Lik e Demuri Voronin, e os alemães German Moyzhe e Patrick Schöbel.

Também chegaram à Alemanha o ativista Oleg Orlov, dirigente da Memorial, organização ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2022, e outros ativistas de direitos humanos, incluindo integrantes da rede do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny.

Também foram libertados o político da oposição russa Ilya Yashin e o ex-colunista do jornal The Washington Post e político da oposição Vladimir Kara-Murza, cidadão russo-britânico.

 

*Com informações da EFE

publicado por Tamyres Sbrile

 

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