Outros 3 policiais vão responder pelo assassinato de George Floyd

Procurador-geral do estado de Minnesota elevou a acusação contra Derek Chauvin para assassinato em segundo grau

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2020 20h48 - Atualizado em 04/06/2020 08h06
Reprodução / Redes Sociais Derek Chauvin forçou o joelho contra o pescoço de George Floyd durante abordagem policial. Floyd chegou inconsciente ao hospital e morreu Chauvin pressionou o joelho no pescoço de Floyd por cerca de 8 minutos

O procurador-geral do estado de Minnesota, Keith Ellison, endureceu nesta quarta-feira (3) as acusações contra Derek Chauvin, policial branco acusado de asfixiar George Floyd. Além disso, os outros três agentes que estavam presentes na ocasião foram incluídos no caso.

Ellison explicou em entrevista coletiva que decidiu elevar a acusação contra Chauvin para assassinato em segundo grau (não premeditado, mas com penas mais duras), após ter sido enquadrado no crime de assassinato em terceiro grau. De acordo com o procurador-geral, as provas disponíveis sustentam “essa acusação mais forte”.

Também foram apresentadas acusações contra Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane, presentes durante a detenção, por colaborar com o assassinato em segundo grau. Os quatro policiais já foram foram expulsos do Departamento de Polícia de Minneapolis.

A decisão é revelada em meio aos protestos que se multiplicam desde o assassinato de Floyd, em 25 de maio. A senadora do Minnesota Amy Klobuchar considerou a decisão “um grande passo para a justiça”, enquanto o advogado da família de Floyd, Benjamin Crump, afirmou que os parentes da vítima a consideram “um movimento agridoce”, mas estão “profundamente” satisfeitos com as ações “decisivas do procurador-geral”.

Segundo a legislação do estado, o assassinato em terceiro grau ocorre quando causa a morte de maneira não premeditada através de um ato eminentemente perigoso, e pode acarretar pena de até 25 anos de prisão.

O assassinato em segundo grau ocasiona a morte sem intenção com a tentativa de infligir danos, e pode ser penalizado com até 40 anos de prisão.

* Com EFE

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