Procurador-geral do Peru nega ter vazado áudio com declarações de Odebrecht

  • Por Agência EFE
  • 31/12/2017 09h19
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Agência Brasil Marcelo Odebrecht O áudio e a transcrição do interrogatório de Odebrecht foi publicado no sábado pelo portal de investigação jornalística "IDL-Reporteros"

O procurador-geral do Peru, Pablo Sánchez, negou no sábado ter sido o responsável de entregar a jornalistas o áudio com as declarações dadas pelo empresário Marcelo Odebrecht, em novembro, para uma equipe de promotores peruanos, e afirmou que seu escritório não tem cópia desse documento.

“O Procurador da Nação, Pablo Sanchez Velarde, não teve ou tem em sua posse nenhuma cópia do áudio correspondente à declaração de Marcelo Odebrecht tomada no Brasil pelo promotor Jose Domingo Perez”, diz uma mensagem do Ministério Público, através do Twitter.

O órgão acrescentou que Sanchez “descarta o fato de que ele é responsável por um vazamento e indica que ele solicitou um relatório do advogado Perez para conhecer sobre os mecanismos de custódia de segurança do referido material que está em transcrição e tradução”.

O áudio e a transcrição do interrogatório de Odebrecht foi publicado no sábado pelo portal de investigação jornalística “IDL-Reporteros”.

Marcelo Odebrecht declarou que “com certeza” sua empresa apoiou políticos peruanos como Keiko Fujimori, Alan García, Alejandro Toledo e Ollanta Humala, assim como também recebeu consultorias do atual presidente Pedro Pablo Kuczynski.

Após as publicações dessas declarações, legisladores do partido Força Popular, liderado por Keiko Fujimori, utilizaram o Twitter para responsabilizar a Promotoria pelo suposto vazamento e exigir que o conteúdo oficial da declaração seja tornado público.

Quando se referiu a Keiko Fujimori, Marcelo reafirmou que disse a seu então representante no Peru, Jorge Barata, “que apoie mais Keiko para fazer o mesmo processo da Venezuela”.

Keiko rejeitou nos últimos meses ter recebido financiamento de Marcelo, depois que se revelou que existia uma anotação do empresário que dizia “Aumentar Keiko 500”.

Keiko Fujimori utilizou sua conta no Twitter para responder que Marcelo “especula, mostra intenções, mas não fatos”, quando afirma que a Odebrecht financiou sua campanha eleitoral.

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