Produção de vacina contra variantes do coronavírus deve levar de 6 a 9 meses, diz AstraZeneca
Segundo o vice-presidente executivo Mene Pangalos, a empresa farmacêutica já está trabalhando nessa nova geração de imunizantes
A AstraZeneca afirmou que deve demorar entre seis e nove meses para produzir e comercializar vacinas contra a Covid-19 que sejam eficazes diante das novas variantes do coronavírus. O imunizante atual, que foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, garante a proteção contra o Sars-Cov-2 original e também contra a nova cepa detectada no Reino Unido. No entanto, estudos preliminares não conseguiram assegurar a eficácia em relação à variante da África do Sul. Durante uma apresentação dos resultados financeiros da AstraZeneca, realizado nesta quinta-feira, 11, o vice-presidente executivo Mene Pangalos disse que a expectativa é que na primavera do Hemisfério Norte uma nova geração de vacinas contra as variantes do coronavírus já esteja em testes clínicos. Ele acrescentou que, se esse prazo se cumprir, os imunizantes estariam disponíveis para o público no outono, dependendo, é claro, da autorização dos órgãos reguladores.
Uma série de vacinas contra a Covid-19 demonstraram uma eficácia menor, mas não inteiramente nula, em testes com as novas variantes do coronavírus. “É bem possível que as variantes que temos hoje ainda protejam contra todas as variantes para doenças graves, hospitalizações e morte. Minha suposição é que se quisermos proteger contra doenças leves também, então as vacinas que têm como alvo essas novas variantes provavelmente serão mais eficazes nos casos mais leves da doença”, explicou Mene Pangalos. A chamada “vacina de Oxford” é especialmente importante para os países mais pobres, já que é vendida a preços mais acessíveis e não requer transporte a temperaturas baixíssimas como algumas concorrentes.
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