Protestos em Hong Kong deixam 15 feridos; um foi baleado por policial

  • Por Jovem Pan
  • 01/10/2019 10h56
EFE Tsang Chi-kin está internado em estado grave

Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas – uma delas em estado grave – nos confrontos entre manifestantes e policiais que acontecem nesta terça-feira (30), em Hong Kong. Os protestos ocorrem no mesmo dia em que a China celebra o 70º aniversário da República Popular, quando o Partido Comunista unificou o país.

O homem que está internado em estado grave – após ser baleado no peito por um policial – foi levado inicialmente para o hospital Princess Margaret, mas será transferido para o Queen Elizabeth, o centro de cirurgia cardiotorácica mais próximo. De acordo com o jornal South China Morning Post, a família do jovem, identificado como Tsang Chi-kin, chegou ao hospital ao lado de advogados.

Uma fonte da polícia confirmou ao jornal que os agentes dispararam várias vezes para o alto no distrito de Tsuen Wan, e que um dos tiros atingiu uma pessoa. Além disso, foi confirmado que, até o momento, 30 detenções foram executadas na cidade autônoma. As autoridades policiais acusam os manifestantes de usarem um líquido corrosivo que queimou a pele de policiais e jornalistas.

O maior protesto ocorreu na ilha de Hong Kong e reuniu milhares de pessoas, mas os episódios de violência ocorreram ao norte do território, onde, com o encerramento de 28 estações do metrô, a suspensão de transportes públicos e bloqueios nas estradas pelas autoridades, muitos ficaram impedidos de participar na maior manifestação, que já tinha sido proibida pela polícia.

Entenda

Os protestos convocados para esta terça-feira não possuíam autorização policial, já que visavam comemorar o que chamaram “dia de luto nacional” enquanto, na China, se celebra o 70º aniversário da fundação da República Popular. O presidente chinês, Xi Jinping, reafirmou que o país precisa manter a política de “um país, dois sistemas”.

Os protestos, que se tornaram massivos em junho após a líder de Hong Kong, Carrie Lam, propor uma lei de extradição, ocorrem desde junho. Agora, com a lei cancelada, as manifestações sofreram mutações e se tornaram um movimento que busca melhorar os mecanismos democráticos que a regem e uma oposição ao autoritarismo de Pequim.

*Com informações das Agências EFE e Brasil

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