Reino Unido afirma que não planeja realizar mais ataques contra houthis
Aviões da Real Força Aérea Britânica (RAF) e da Força Aérea dos Estados Unidos atacaram posições rebeldes no Iêmen; operação é uma resposta às ações do grupo extremista contra embarcações no Mar Vermelho
O governo do Reino Unido não prevê que haja mais ataques imediatos contra os rebeldes houthis no Iêmen, informou o secretário de Estado da Defesa britânico, James Heappey, nesta secta-feira, 12. Em declarações à emissora “BBC”, ele esclareceu que “não há mais ações militares planejadas neste momento” após os bombardeios efetuados por aviões da Real Força Aérea Britânica (RAF) e da Força Aérea dos Estados Unidos contra posições rebeldes no Iêmen. “Não há nenhuma (ação militar) planejada imediatamente e este é um ponto importante”, declarou. Na noite de quinta-feira, 11, forças militares lideradas pelos Estados Unidos, em parceria com o Reino Unido e com o apoio da Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda, realizaram com sucesso uma série de ataques contra alvos Houthi no Iêmen. O presidente Joe Biden anunciou oficialmente essa ação em resposta às ações do grupo extremista contra embarcações no Mar Vermelho. De acordo com Biden, a comunidade internacional tem se mostrado unida e determinada em sua resposta a esses ataques imprudentes.
Biden ressaltou que os ataques direcionados têm como objetivo enviar uma mensagem clara de que os Estados Unidos e seus aliados não tolerarão qualquer ameaça à liberdade de navegação em uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. O líder norte-americano afirmou que não hesitará em tomar medidas adicionais para proteger o povo americano e garantir o livre fluxo do comércio internacional, se necessário. Heappey, político conservador britânico, acrescentou que a ação de quinta-feira “foi uma resposta limitada, proporcional e necessária na autodefesa dos nossos navios na região, que estão ali para defender os navios comerciais e proteger a liberdade de navegação através do Estreito de Bab el Mandeb e do sul do Mar Vermelho, que é tão vital para o comércio global”. Ele acrescentou que “a posição jurídica do governo é forte, baseada na autodefesa” e que a razão de o país estar na região “é igualmente forte, pois é necessário garantir a liberdade de navegação através desta vital passagem global”.
Anteriormente, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, tinha indicado em um comunicado que seu país “se levantará sempre em defesa da liberdade de navegação e do livre fluxo do comércio”. A situação no Iêmen tem sido motivo de preocupação para a comunidade internacional, devido à escalada de violência e aos ataques indiscriminados realizados pelos Houthis. Essa operação conjunta demonstra o compromisso em garantir a segurança e a estabilidade na região. Em viagem ao Oriente Médio, para tentar achar uma solução para o conflito entre Israel e Hamas, que se aproxima do quarto mês, e evitar a escalada do conflito na região, o secretário de Estado Antony Blinken, acusou o Irã de ser responsável pelos ataques realizados pelos rebeldes houthis contra embarcações no Mar Vermelho. Ele afirmou que Washington e outros países já deixaram claro a Teerã que o apoio a essas ações deve parar. As agressões, feitas com drones e mísseis a partir da área controlada pelos houthis no Iêmen, têm causado atrasos e custos extras para as maiores companhias de navegação do mundo, o que tem impactado no aumento dos preços do petróleo e de outros produtos importados.
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