Reino Unido anuncia libertação antecipada de presos para descongestionar prisões

Desde 2023, as prisões britânicas estão cheias a 99% e uma semana após assumirem o poder, os trabalhistas viram-se obrigados a atuar, sob o risco de não ter nenhuma vaga disponível nas próximas semanas

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2024 15h12
ANDY BUCHANAN / AFP keir starmer O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, culpou os governos conservadores anteriores por essa situação

O novo governo britânico anunciou, nesta sexta-feira (12), a libertação antecipada de milhares de presos para descongestionar as prisões, ocupadas em 99%. Apenas uma semana depois de assumir o poder, os trabalhistas viram-se obrigados a atuar ante a difícil situação das prisões, sob o risco de não ter nenhuma vaga disponível na próximas semanas. Desde o início de 2023, as prisões britânicas estão cheias a 99%. Em 8 de junho, restavam disponíveis cerca de 700 vagas para os homens, de um total de 84.000. “Nossas prisões estão à beira do colapso”, disse a nova ministra da Justiça, Shabana Mahmood, ao anunciar o plano de ação emergencial, que inclui essa medida. “Se não agirmos agora, corremos o risco de um colapso do sistema de justiça criminal e de motins de ordem pública”, acrescentou ela, falando na prisão HMP Five Wells, na região central da Inglaterra.

De acordo com o inspetor-chefe das prisões, Charlie Taylor, a situação está em “um ponto de inflexão absoluto”. Segundo o governo, pode não haver mais vagas disponíveis nas prisões “dentro de semanas”. Entre as medidas anunciadas, os detentos que têm direito à liberdade antecipada sob controle policial, após cumprirem metade da pena, poderão se beneficiar dessa medida mais cedo, após terem cumprido 40% da pena. As pessoas condenadas a mais de 4 anos e as presas por crimes sexuais foram excluídas dessa medida. As novas medidas não entrarão em vigor até setembro.

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O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, culpou os governos conservadores anteriores por essa situação. “É uma irresponsabilidade flagrante por parte do governo anterior”, disse ele em Washington, onde participou de uma reunião de cúpula da Otan nos últimos dias. “Sabíamos que teríamos um problema, mas a escala do problema é pior do que pensávamos”, acrescentou.

Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP

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