Reino Unido começa revisão acelerada da vacina de Oxford contra o novo coronavírus

Na última segunda-feira, 26, a AstraZeneca afirmou que seu imunizante, que está na fase 3 de testes, tem reações adversas menores entre os idosos

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2020 17h01 - Atualizado em 01/11/2020 17h03
EFE/EPA/HOTLI SIMANJUNTAK/Archivo Vacina de Oxford está na fase 3 de testes, é somente ao final desta fase que se consegue atestar a eficácia de uma vacina

A farmacêutica AstraZeneca informou neste domingo, 1º, que a Agência Regulatória de Produtos de Saúde e Medicamentos (MHRA, na sigla original) do Reino Unido iniciou uma revisão acelerada da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade de Oxford. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters. “Confirmamos a revisão em andamento da MHRA de nossa potencial vacina contra a Covid-19”, disse um porta-voz da AstraZeneca.

Nessa revisão, segundo a Reuters, os reguladores são capazes de ver os dados clínicos em tempo real e dialogar com os fabricantes de medicamentos sobre os processos de fabricação e testes para acelerar o processo de aprovação. O objetivo é acelerar as avaliações de remédios ou vacinas promissores durante uma emergência de saúde pública. A vacina de Oxford/AstraZeneca é uma das que estão com os testes mais avançados. Ela está na fase 3 dos ensaios clínicos, assim como a CoronaVac, da chinesa Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantan, a da Pfizer e da BioNTech. É somente ao final da fase 3 que se consegue atestar a eficácia de uma vacina. Na última segunda-feira, 26, a farmacêutica britânica afirmou que sua vacina produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos.

Ao todo, 10 mil voluntários participam dos testes da vacina no Brasil, realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No final de junho, o governo brasileiro anunciou um acordo de cooperação com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a produção em território nacional da vacina. O imunizante será fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No início deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início ao processo de revisão de dados para registro da vacina no Brasil, realizado por submissão contínua, ou seja, as informações são avaliadas conforme se tornam disponíveis, não apenas no momento de um pedido formal.

*Com Estadão Conteúdo

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